Contendo referências sobre:
Relíquia de 75 anos;
Trabalhando, envelheceu feliz; Última viagem; Deus, amor e trabalho; Comércio
internacional; Burocracia de 3 países; Grande homem; Vale a
pena ser honrado; Reconhecimentos públicos; Conselho de idoso; Passeio em carro
de 67 anos; Recordar é viver.
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A “prestação de contas” que decidi publicar na Internet sobre meus 90 anos é um Balanço Sintético do que recebi e gastei nos 1.080 meses consumidos ao longo de minha vida. Para facilitar a exposição separei os assuntos em 8 partes, cada uma com diversas postagens em meu blog.
Esta é a última (6ª de 6) referente à parte TRABALHO – que é a 3ª das 8.
Continuação de TRABALHO - 5/6
Relíquia – de 75 anos
Minha Carteira Profissional (cópia abaixo) hoje é uma relíquia para mim.
Embora ela não tenha mais qualquer utilidade, seu valor sentimental
aumenta a cada ano, por mostrar nitidamente a assinatura de meu saudoso pai,
que registrou com sua própria letra meu ingresso em sua firma individual - “Celso
Nunes” - para ocupar o cargo de Assistente da Gerência.
Abaixo ofereço aos leitores uma cópia ampliada da folha contendo o
Contrato de Trabalho, datado do já longínquo dia 16 de Dezembro de 1943:
A saída registrada na carteira (24.1.1956) foi o final de minha condição
de empregado, pois passei a ser Diretor Gerente da mesma empresa quando ela
veio a ser “Celso Nunes S.A.” – sendo meu pai o Diretor Presidente.
Memória
fotográfica do jovem que - trabalhando
- envelheceu feliz
Por feliz coincidência, um dileto amigo - Ricardo Callou - fez 55
anos de idade em 16.12.2013 .- mesmo dia em que completei 70 anos de trabalho.
Fui convidado por ele para o almoço de seu aniversário e, na ocasião, mostrei-lhe
minha carteira de trabalho, com a assinatura de meu pai. Ele vibrou e a mostrou
a todos. No final, foi tirada a foto (3ª) acima, que revela minha alegria em
estar tão bem acompanhado. Da esq. para a direita: Ricardo Filho, Ricardo,
Jimmy, Marcelo Fiuza (atrás), Mauro, Mauro Jr. e Tiago.
A 1ª e 2ª fotos são do jantar do mesmo dia com a Carminha, nossas
filhas e genros. Fiquei muito feliz.
Em 5.4.2017 tive a alegria de
realizar a viagem (ao Rio de Janeiro) que pode ter sido a última “de trabalho”
- das incontáveis outras que se tornaram rotina durante minha longa vida
comercial. Fui muito bem acompanhado por um querido neto – Paulo Clark Roriz.
Ele não fica muito à vontade em avião, detalhe esse que aumenta o nível de
consideração ao avô, pois ele sabia da importância daquela viagem para mim.
Pois bem, com pouco tempo de voo o avião em que voávamos teve de voltar a
Fortaleza. Diz ele que minha tranquilidade (diante do fato) o contagiou, tendo
ele absorvido muito bem o susto...!
A foto do leopardo (acima) é
apenas ilustrativa e não é de minha representada. Nela (Helibras) todos foram
muito cordiais conosco, tendo o Dr. Paulo causado a melhor impressão junto aos
franceses e brasileiros com quem estivemos na exposição no “Riocentro”. Meu neto me proporcionou justo orgulho, além
da alegria de sua agradável companhia.
No stand da Helibras ela homenageou
o Estado do Ceará pela
recente compra de dois helicópteros, tendo o Gerente de Vendas feito a saudação
ao Secretário de Segurança Pública e sua comitiva (foto) e destacado minha presença, chamando-me de “ponta de lança” da empresa no Ceará.
75 anos de trabalho - 91 anos de Idade - 2018 (Foto
de 9.11.2018)
Foto acima: eu e Carminha entre
os filhos residentes em Fortaleza, no dia em que fiz 91 anos de idade.
No mês seguinte atingi o marco
de 75 anos de trabalho. É muito gratificante continuar lúcido, ao lado da mulher de
minha mocidade e de minha velhice, envolvido pelo amor dos doze filhos
(incluindo os três genros e as três noras). Eles constituem - em termos terrenos
- uma riqueza imensurável para mim.
Com relação a trabalho, sinto-me
feliz pela digna e modesta vida comercial que pude desfrutar -
conforme “prestação de contas” no meu Livro
em blog “90 ANOS, 1 VIDA”. Sou muito agradecido
a Deus por tudo...!
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Deus,
amor e trabalho
Querendo
expressar um pensamento, transcrevo abaixo o que escrevi quando completei 60 anos de trabalho:
“Deus, amorosamente e com
infinita bondade, faz nascer no coração do homem a semente do amor;
desabrochando, ela produz o amor à Família; e este motiva o homem a trabalhar
com amor.”
Comércio
internacional
Graças à confiança com que fui honrado por um respeitável empresário (cuja contribuição ao desenvolvimento industrial no
Brasil é reconhecida por quem o conheceu), em 2010 fui intermediário da venda
de um helicóptero de alto valor - AGUSTA 109S Grand (biturbina com rotor de 4
pás) modelo 2009.
O helicóptero foi produzido na Itália, tendo a fábrica o vendido para um
cliente que teve de voar nele só para atestar seu recebimento em plenas
condições operacionais. Logo após esse breve voo, o mesmo foi parcialmente
desmontado e embarcado de navio para permanecer na sucursal americana da
fábrica até o proprietário (um investidor de outra nacionalidade) revendê-lo.
Sabendo que o importante cliente local estava precisando de um
helicóptero para entrega imediata, fiz parceria com uma tradicional empresa americana
especializada em vendas de helicópteros e o ofereci ao provável comprador.
A proposta que recebi e entreguei era exigente mas excelente. O
comprador era igualmente exigente, mas também excelente. As negociações fluíram
de modo satisfatório e rápido, mas exigindo de mim, como intermediário, muita diplomacia,
experiência em comércio internacional e habilidade em lidar com as burocracias
de três países (Estados Unidos, Itália e Brasil).
Um estranho obstáculo, porém, foi difícil de contornar: um concorrente
sem ética e inescrupuloso (vendedor de aeronaves, de São Paulo) tentou fazer
minha venda abortar, amedrontando o comprador com uma informação enganosa que envolvia
alto risco de prejuízo. O grande comprador me questionou a respeito e temeu
prosseguir na negociação, mas - revelando ser também um grande homem -
determinou o pagamento do sinal, baseando-se no fato de que conheceu meu pai, conhecia
a mim e a uma de minhas filhas - a quem fez elogiosas referências. Como vale a
pena ser digno e honrado...!
A referida transação foi gratificante sob todos os motivos, merecendo
destaque as oportunidades que tive de negociar com um filho do comprador, a
quem passei a admirar como pessoa, industrial, aviador e amigo. E assim pude acrescentar uma aeronave à
minha preciosa lista de mais de duzentas que Deus me proporcionou a felicidade
de vender ao longo de 50 anos no ramo.
Reconhecimentos públicos
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Conselho Regional dos
Representantes Comerciais do Ceará
Em 2011 o
mesmo me agraciou novamente. Foi com o “Troféu Mascate” (foto abaixo) Eles escolheram um grupo de cinco empresários
de Fortaleza com mais de 40 anos de atividade para os homenagear “pela forma como fazem a representação
comercial, estimulam novos empreendedores a enveredaram por esta que, apesar de
ser uma das mais antigas do mundo, continua sendo uma das profissões mais
instigantes, atuais e de largas perspectivas de futuro”.
Segundo a
Diretoria do CORE-CE, “o Mascate
simboliza o espírito empreendedor e dinâmico de um grupo de profissionais que
vem mantendo viva a chama do comércio”. Tive, assim, a honra de fazer parte
do seleto grupo constituído pelos seguintes colegas: Maurício Mota Castelo
Branco, Ruben V. Corrêa Lima Monteiro, Célio Sampaio Trajano e Joaquim da Silva
Maia Jr..
Entrevistado
pela revista “O Bandeirante”, eu disse:
”Optei pela representação comercial por
admiração ao meu pai, que fundou uma firma de Importação, Exportação,
Representações e Agências. Nela ingressei jovem e tenho a honra de sucedê-lo.
Com o passar do tempo, circunstâncias motivaram interrupção de atividades e
especialização em Representações. No meu caso, unicamente o setor de aviões e
helicópteros. Tem sido gratificante minha experiência comercial e me sinto como
o agricultor que se alegra ao colher os frutos depois do trabalho de preparação
do terreno e da semeadura.”
Em ambas as
ocasiões - medalha “Representante Comercial Padrão” em 2004 e “Troféu Mascate”
em 2011 - senti-me recompensado como um militar que apenas
cumpriu o seu dever e, depois, foi alvo do reconhecimento público das virtudes
que o capacitaram a agir como agiu.
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Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas
Com alegria e a sensação do dever cumprido (na função de Representante Comercial da Helibras no Ceará), em 2011 recebi da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas - Ciopaer - a medalha Marechal do Ar Casimiro Montenegro - pela minha colaboração para o fortalecimento da Aviação de Segurança Pública do Estado.
Ofereço aos leitores
de meu blog uma cópia reduzida (ao lado) do diploma que então me foi outorgado.
Sou agradecido a Deus
pelas oportunidades que Ele me tem dado de ver meu modesto trabalho ser útil à
comunidade.
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Conselho de profissional idoso
75 anos de trabalho me autorizam e
motivam a oferecer um conselho aos jovens que desejarem uma bússola para os
orientarem em seus caminhos, sejam quais forem as suas profissões. É o
seguinte:
Todo ser
humano deve ser grato ao
Criador e procurar obedecer a Jesus Cristo (único mediador credenciado entre
Deus e os homens) conforme ensino contido
na Bíblia; todo filho deve ser digno dos exemplos de honradez legados por
pais e avós; todo amigo deve conservar e aumentar a riqueza representada
pelas verdadeiras amizades; todo cidadão deve estimular a prática do
civismo e cooperar para a redução dos problemas sócio-econômicos do país; todo
profissional deve proteger e promover os assuntos a ele confiados, cultivar
a ética profissional e servir bem para continuar servindo.”
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“Recordar
é viver”
Ao escrever o livro “90 ANOS, 1 VIDA...” (cujos capítulos
são postados em meu blog), vou “vivendo” os episódios que recordo. As fotos com
que alguns são ilustrados ajudam a tornar mais vívidas as lembranças.
Recentemente, ao ver as
fotos da viagem que fiz de São Paulo a Teresina dirigindo (em companhia de um
primo e sua esposa) um automóvel Chevrolet que em 1952 recebi na fábrica da General Motors, ocorreu-me a ideia de
oferecer a familiares a oportunidade de apreciarem um idêntico - passeando
nele...
Antes de ser vendido, o carro foi
exposto numa feira (foto abaixo); nela aparecem (à esq.) Emma (esposa do Mário Clark Bacelar,
que tirou a foto), Raimundo Mendes de Carvalho (meu cunhado) e eu; (à dir.)
Carminha (minha esposa) e Celso Nunes (meu pai) – que era Agente da GM no
Piauí. Foto de 1 9 5 2 :
A respeito daquela
ideia consultei um colecionador de carros antigos, cuja amizade o Rotary me
presenteou. Trata-se do Dr. Mauriti Lucena Cavalcante, Procurador Federal
(aposentado), cuja esposa, Celeste, já presidiu a “Casa da Amizade” (das esposas
de rotarianos) de Fortaleza. Ele me convidou a visitar o Museu do Automóvel (de
cuja diretoria faz parte), onde fui em companhia de meu querido neto Mauro
Junior, tendo apreciado uma admirável coleção de carros antigos, inclusive
alguns de sua propriedade. Simpatizando com minha ideia, o citado “gentleman” colocou
à minha disposição um de seus carros, prontificando-se a ser o motorista!
Escolhi um lindo
Chevrolet 1952 e a data - 9 de Novembro - dia de meu aniversário. E foi assim
que, aos 92 anos, tive a alegria de passear num carro de 67 anos juntamente com
meu filho Mauro, da mesma idade, e outros familiares.
As fotos abaixo são de 9.11.2019 :
As fotos abaixo são de 9.11.2019 :
Sou muito grato ao Maurinho e à Salma pelo estímulo com
que me animaram a tornar realidade minha ideia de mostrar a meus descendentes um
automóvel que há várias décadas fazia parte da atividade comercial de meu
saudoso pai e minha, além de oferecerem sua residência para a apresentação do
carro e o encontro da família.
A Carminha e muitos de nossos queridos familiares compareceram, prestigiando o aniversariante e o ilustre casal - Mauriti e Celeste - tornando muito agradável aquela tarde de Sábado, quando alguns de meus filhos, netos e bisnetos passearam num automóvel fabricado há 67 anos e em perfeito funcionamento, com um motorista de alto nível... (seu feliz proprietário).
A Carminha e muitos de nossos queridos familiares compareceram, prestigiando o aniversariante e o ilustre casal - Mauriti e Celeste - tornando muito agradável aquela tarde de Sábado, quando alguns de meus filhos, netos e bisnetos passearam num automóvel fabricado há 67 anos e em perfeito funcionamento, com um motorista de alto nível... (seu feliz proprietário).
Agradeço muito às minhas filhas Carmen, Mônica e Ivana,
e à neta Susana, pelas delícias que nos serviram depois dos passeios naquela preciosa
amostra da indústria automobilística americana da época em que eu e Carminha
tínhamos só poucos anos de casados (dos
atuais 70).
Recordar é viver! Somos muito agradecidos a Deus por
tantas bênçãos.
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BIGORNA
– SÍMBOLO DE TRABALHO
Quando menino - na querida Parnaíba - eu gostava de
apreciar o trabalho de um ferreiro amigo de meu pai, para quem ele fazia alguns
serviços e eu era o portador das encomendas. O homem demonstrava prazer em me
mostrar seus equipamentos e sua arte em utilizá-los. Seu trabalho me causava um
misto de admiração, pena e medo. Admirava sua força e sua habilidade, tinha
pena de vê-lo passar horas naquele calor insuportável e tinha medo do fogo que
tornava infernal o seu ambiente de trabalho. Apesar disso, eu gostava de ver
peças de ferro mudando de cor pelo aquecimento, tornando-se incandescentes e
maleáveis, mudando de forma a marteladas numa bigorna...!
O tempo voou e eis-me adolescente - em Michigan,
USA -
vendo gigantescas prensas transformando enormes chapas de aço em carrocerias de
automóveis. Eu era aluno do Instituto de Tecnologia da GM e fazia visitas de
estudo a fábricas da mesma. Numa delas lembrei-me de minha infância no Piauí e
do ferreiro que transformava folha-de-flandres em utensílios - com um martelo e
uma bigorna...
Já adulto visitei - em Volta Redonda, RJ - a usina da Cia.
Siderúrgica Nacional, onde vi cenas extraordinárias inclusive aço incandescente
deslizando como um rio de fogo vermelho. Não foi só isso, porém, que me fez
lembrar de Parnaíba e daquele ferreiro moldando ferro incandescente; foi meu
acompanhante, o ilustre parnaibano Walter Motta; engenheiro que desempenhava
importante função na siderúrgica que Getúlio Vargas legou ao nosso país como inestimável contribuição ao desenvolvimento da indústria brasileira.
Envelhecendo - em Fortaleza - completei 50 anos
de trabalho! Foi em 16 de Dezembro do ano que ficou marcado pelo falecimento de
meu saudoso pai – 1993. Não festejei o
expressivo aniversário, mas meu coração se alegrou com o presente de um dileto
amigo; ele teve a feliz ideia de me oferecer, como símbolo do meu trabalho, uma
pequenina bigorna, cromada.
Ao longo de 25 anos essa linda peça ficou ao
alcance de meus olhos em meu gabinete, entre outros objetos de estimação (como
a miniatura de um grupo GM Diesel-elétrico e um copinho da Panair). Além de
simbolizar meu trabalho, ela se tornou também um símbolo da amizade de um
companheiro que dispensa qualquer objeto para manter seu nome em minha lista
mental de verdadeiros amigos. Trata-se do Célio
Ferreira Fontenelle, a quem muito prezo.
Algumas coincidências reforçaram nossa
amizade: no Rotary Club de Fortaleza-Oeste (em ocasiões distintas e separadas
por anos) fomos presidentes e
“companheiros do ano”; no Distrito 4490
do Rotary International (do qual nosso clube faz parte) fui convidado (pelo
governador Agerson Tabosa, em 1985) para liderar - na Holanda - uma equipe de
bolsistas da Fundação Rotária num intercâmbio de grupos de estudos; o Célio
cumpriu idênticas missões - em Oregon (USA) e na Escócia (UK). Na 1ª eu era o
governador distrital (em 1987); na 2ª o convite foi do governador José Háteras e
Silva (em 2000).
A grande diferença de nossas idades (sendo
ele da nova geração) não impede a elevada consideração - recíproca - que nos
aproxima. Ele herdou belas qualidades do seu saudoso pai - Amarílio Cavalcante
- que em vida também fez parte de minha
lista mental de verdadeiros amigos e foi um ilustre rotariano.
Não pedi licença ao Célio para dar uma nobre
destinação ao presente que ele me deu há 25 anos, mas tenho certeza de que ele
aprovará minha decisão. E poderá se alegrar quando souber que aquela bigorna
(por ele escolhida para simbolizar meu trabalho) foi confiada a quem a merece.
Basta ler a mensagem no cartão que a acompanhou, e que abaixo transcrevo:
Valorizando (em excesso) a modesta homenagem, o Ricardo levou para seu gabinete
na FIEC a bigorna e o cartão, numa moldura adequada e linda.
*
Continua na postagem 1/3 da parte AVIAÇÃO.
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Esperando
ser útil aos leitores, ofereço-lhes o seguinte trecho da Bíblia:
1ª epístola de Paulo
aos Tessalonicenses – 5.16-23
“Regozijai-vos sempre. Orai sem
cessar. Em tudo, dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus
para convosco. Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias; julgai
todas as coisas, retende o que é bom; abstende-vos de toda forma de mal. O
mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo
sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda do nosso Senhor Jesus
Cristo.”
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