sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

SAGA INTERNACIONAL - 1/6


A fim de ser transplantado da Inglaterra para o Brasil um jovem de 14 anos embarcou num navio a vela em Liverpool com destino a Fortaleza e, em seguida, a Amarração  (atual Luís Correia)  para prosseguir em uma canoa até Parnaíba, onde chegou em 15.11.1869 - para ali criar raízes e produzir bons frutos.
Ele viveu entre 1855 e 1928. Seu nome era James Frederick Clark.



Saga internacional
   Separados por 161 anos, dois nascimentos ocorridos na Inglaterra estão ligados a um que ocorreu no Brasil há 89. Foram os seguintes: James Frederick Clark em 1855, em Keswick; James Kelso Clark Nunes (eu) em 1927, em Parnaíba; Davi Clark Cavalcante Dias em 2016, em Cambridge.

O mais antigo foi transplantado da Europa para a América do Sul e criou raízes no Piauí. Ele haveria de ser meu avô e estava com 72 anos e 7 meses quando nasci; o mais novo é o primogênito de minha neta Sara e seu marido, Eduardo, brasileiros radicados na Inglaterra. Quando nasceu o Davi, eu e Carminha já havíamos sido enriquecidos com nove bisnetos, todos nascidos em Fortaleza; ele é o décimo e nasceu na terra do avô de quem herdei o nome - James.

   Como eu já estava com 88 anos e meio, pareceu-me conveniente (enquanto Deus me conserva com “mente sã em corpo são”) escrever sobre alguns ascendentes e descendentes de Ana Gonçalves Castello Branco, a quem James Frederick Clark se uniu pelo casamento. O resultado é o que tenho o prazer e a honra de escrever e ilustrar com fotos antigas e atuais. Senti-me privilegiado ao penetrar nas brumas do passado para, de lá, trazer algo digno de usufruir da modernidade da Internet a fim de oferecer às novas gerações - a quem tanto admiro e desejo o que há de melhor.

Transplante
   Uma saga teve início com a frase “O que esta pobre criança veio fazer no mundo?” dita por seu pai (prestes a falecer) quando James Frederick Clark nasceu. Foi em 14.3.1855 em Keswick, pequena cidade de Cumberland (Condado da Grã-Bretanha no Norte da Inglaterra). De lá ele seria transplantado para o Brasil, aos 14 anos, quando embarcou num navio a vela em Liverpool com destino a Fortaleza e em seguida à vila de Amarração - para prosseguir (em canoa a remo) até Parnaíba, onde chegou em 15.11.1869.

Abro um parêntese: Cumberland teve o nome mudado para Cumbria; Amarração é a atual cidade de Luís Correia, no Piauí; Parnaíba naquele tempo era Parnahyba, que alguns ingleses chamavam Parnarraiba. Fecho o parêntese.

   Órfão de pai (também James), ele foi criado pela mãe (Harriet Dawson Clark) em sua terra natal. Pouco antes de partir para outro continente, ele entalhou as iniciais - JFC - no tronco de uma árvore cujas raízes preservariam seu amor à terra natal. O local deve ter sido escolhido com muito sentimento, pois foi no recanto mais pitoresco (“Friar’s Crag”) do mais lindo dos 12 grandes lagos que fazem o Lake District ser uma região tão famosa e elogiada - Derwentwater.



“Árvore do vovô”

Minha mãe recordava com muito carinho aquele ambiente; e seus filhos apelidaram de “árvore do vovô” a que conservava as iniciais dele. Na foto ao lado (tirada lá por meu pai em 1951) são vistas Mamãe e minha irmã Sônia olhando o tronco no qual as letras JFC ainda eram visíveis apesar das décadas transcorridas desde que ele as entalhou.


Quando eu e Carminha lá estivemos, em 1985, um homem trabalhava num tronco derrubado e morto, ao lado de outros enraizados e vivos; eles me pareceram símbolos do passado e do presente, lembrando a realidade da vida.   Uma prima de minha mãe nos levou ao local em que, 116 anos antes, meu avô “assinou” sua despedida de sua Inglaterra antes de atravessar o Atlântico. A árvore já não existia mas ao ver uma idêntica não pude evitar a emoção de pensar  o que teria passado na  mente do  jovem, exatamente ali e, depois, no navio. Durante a longa viagem ele pode ter observado e meditado sobre a força dos ventos enfunando as velas; o lento passeio do Sol de nascente a poente, todo dia igual, iluminando céu e mar; o firmamento e a multidão de estrelas cintilantes, nas intermináveis noites, oscilando com o balanço do navio; e - já perto do final da travessia - uma nova constelação que não aparece onde ele nasceu. Refiro-me às quatro estrelas brilhantes que formam uma cruz, escoltadas por outras de menor brilho. Se, navegando em plena escuridão, meu futuro avô ficou encantado com a beleza do “Cruzeiro do Sul”, ele deve ter legado tal sentimento à sua filha caçula, que viria a ser minha mãe e haveria de me legar a mesma sensação.         
   A Bíblia diz (Salmo 107.23): “Os que, tomando navios, descem aos mares... na imensidade das águas, esses veem as obras do Senhor e as suas maravilhas...”.
   A foto acima foi tirada especialmente para oferecer à Mamãe, que se alegrou muito ao ver um James (seu caçula) honrando outro James (seu idolatrado pai).
   Com o passar dos anos, minhas filhas Mônica e Ivana, com seus maridos, Sérgio Montenegro Cavalcante e Antônio Roriz Neto, decidiram conhecer Keswick e o local da “arvore do vovô”. De lá nos enviaram lindas fotos, inclusive sentados no  banquinho em que estivemos -  o mesmo ou um descendente dele.

Inglês que amava o Brasil e brasileira que amava a Inglaterra 
   Quando o inglesinho que haveria de ser meu avô ainda não tinha quatro anos, nasceu uma brasileirinha que um dia haveria de ser sua esposa. Foi em Oeiras, então capital do Piauí, em 9.11.1858. Todos a chamavam Magdá mas seu nome era Ana Gonçalves Castello Branco.

   Ao contrário dele, que veio para o Brasil, ela seguiu para a Inglaterra - ainda menina - a fim de estudar em Londres. Antes de regressar, já moça, ela passou pelos sofrimentos das mortes da mãe, Feliciana Matilde Gonçalves Castello Branco, e do pai, Antônio Borges Leal Castello Branco. Este nasceu em Campo Maior - PI, foi escritor e político (é Patrono de uma cadeira da Academia Piauiense de Letras) e foi (em 1865) Presidente da Província de Pernambuco, tendo falecido aos 54 anos. 
   Um de seus cunhados é outro piauiense que exerceu a mesma função - Dr. Sigismundo Antônio Gonçalves - nascido em Barras em 29.9.1845 e falecido em Recife em 21.5.1915. Ele foi Governador do Estado de Pernambuco nos períodos 1899/1900 e 1904/1908. Ele era irmão da avó de Mamãe, que o chamava “tio Siza”. Seus pais foram Domingos José Gonçalves e Torquata da Cunha e Silva.
Já vai longe o tempo em que eles viveram, mas a felicidade que me foi concedida por Deus de ter dez bisnetos me faz valorizar o privilégio de ser bisavô; e isso me motiva a prestar minha homenagem póstuma aos meus. Assim, ao escrever sobre meus bisavós e outros familiares, homenageio a todos os meus antepassados, nas pessoas dos casais adiante mencionados.
Do lado de minha mãe: Antônio B.L. Castello Branco e Feliciana G. Castello Branco; Sigismundo Gonçalves e Maria das Dores Souza Leão Gonçalves;
do lado de meu pai: Pedro Paulo da Silva Moura e Celina Fernandes Moura; Benedito Estelita de Moura Nunes e Maria Benedita Barbosa Nunes.
 



Abro dois parênteses:
1º - Foi em companhia de seu tio Sigismundo que Magdá regressou ao Brasil quando concluiu os estudos, vindo de navio juntamente com outro tio dela - irmão daquele: Malaquias Gonçalves, que era médico em Recife e foi Senador.
Transcorridos muitos anos, o Dr. Sigismundo teve um genro - João Pessoa - que foi candidato a Vice-Presidente da República na chapa da Getúlio Vargas; ele foi assassinado em 1930 e seu nome foi dado à capital do Estado da Paraíba, que ele havia governado. Alguns desses dados me foram transmitidos por minha saudosa mãe e constam de capítulos das muitas histórias interessantíssimas que ela escreveu, a meu pedido, e que talvez eu ainda venha a adaptar para postar neste blog, se Deus me permitir.

2º - Pedro Paulo foi Juiz de Direito, Desembargador e Presidente do Tribunal de Justiça do Ceará (em 1931 e 1934); ele era irmão de minha avó paterna - Elisa Rosa de Moura Nunes, viúva de Deolindo Augusto Pereira Nunes, falecido quando ainda era criança aquele que haveria de ser meu pai. Pedro Paulo e Celina, enquanto residiam no Crato, acolheram o menino Celso para educá-lo. Em Fortaleza, na juventude, Celso morou com outro tio - Aurélio de Lavor, que era médico. Os dois foram verdadeiros pais, exemplos e mestres do sobrinho; e este - meu pai - foi digno do zelo que recebeu de ambos e suas esposas, cujas memórias soube preservar e honrar, com gratidão.

Os tios Benedito e Benedita, irmão e cunhada de meu pai, foram anfitriões de nossa família (Papai, Mamãe e seis filhos) na temporada em que deliciamos sua hospitalidade na fazenda “Carocustou”, em Oeiras, em 1936. Dois de seus filhos - João da Mata e Tibério -  foram Prefeitos, respectivamente em Oeiras e Floriano; o segundo foi Governador do Estado do Piauí, tendo falecido num acidente rodoviário (em 1974) com apenas 51 anos. Em Teresina a Avenida Governador Tibério Nunes projeta seu honrado nome para a posteridade, mas muitos lembram dele pelo significativo apelido - “Tiberão de Aço”.
Fecho os parênteses.

   O rapaz que veio para o Brasil e a moça que foi para a Inglaterra nem podiam imaginar que Deus haveria de os unir em amor - em Parnaíba. Eles namoraram, noivaram e se casaram (em 10.5.1884); tiveram filhos e netos, sendo eu um deles. Quando nasci, o vovô disse uma frase idêntica à que seu pai disse quando ele nasceu - “O que esta pobre criança veio fazer no mundo?”  -  e faleceu dez meses depois, em 2.9.1928, aos 73 anos. Magdá ficou viúva 18 anos, falecendo aos 88, em 17.2.1947.


As fotos ao lado mostram minha saudosa mãe - Maria Castelo Branco Clark Nunes (Marie) - com seus pais e irmãos:
1ª - em 1919, com os pais (James Frederick e Magdá), quando noiva;
2ª - em 1946, em torno de sua mãe, com sua única irmã, Flora (Florrie), e os irmãos (da esq. para a dir.) Septimus (Seppie), Oscar, Frederico (Freddie) e Antônio (Tó). O local é a residência da família (na Casa Ingleza), onde eles foram criados. Na época a Vovó morava no 1º andar (onde a foto foi tirada) e o tio Seppie no 2º, com a esposa e os dois filhos - tia Aracy, Septimus e Bruce Mendonça Clark.
Obs.: Vovó era viúva e faleceu no começo do ano seguinte. Ao escrever sobre eles em 2016, rendo minha saudosa e comovida homenagem a todos. Eles fazem parte da história de minha vida e agradeço a Deus pelo carinho com que todos me tratavam.



Dedicação e fidelidade premiadas
   O terreno no qual o jovem inglês veio a ser transplantado, sendo propício a ele para criar raízes, desenvolver-se e produzir bons frutos, foi a cidade piauiense de Parnaíba.

Na época, importações e exportações dependiam de navios mercantes europeus e embarcações fluviais (que estavam para os brasileiros como as ferrovias estavam para os americanos no tempo do faroeste). Ele veio como aprendiz de comércio de uma empresa de Liverpool, em cuja filial piauiense ele cresceu em idade, conhecimento e credibilidade. A família Singlehurst soube aproveitar as boas qualidades do boy que virou gentleman e, com o passar do tempo, soube premiar sua dedicação e fidelidade - na ocasião oportuna. Quando na Inglaterra faleceu o chefe, os herdeiros decidiram encerrar as atividades no Piauí e fizeram-lhe uma proposta, sabendo que ele não tinha capital: comprar tudo, para pagar com os lucros!  O temor o impediu de aceitar a enorme responsabilidade, mas como ele já era casado e sendo sua esposa uma Gonçalves Castello Branco, ela o convenceu a aceitar, argumentando que, na hipótese de não poder pagar, ele devolveria. Como os lucros daí em diante foram suficientes para ele amortizar a dívida, chegou finalmente o ano em que os lucros passaram a ser só dele - que então começou a enriquecer. A razão social mudou para James Frederick Clark & Cia. Ltda. mas manteve o nome de fantasia pelo qual a firma era conhecida e respeitada: Casa Ingleza. A matriz era no sobradão colonial (foto ao lado) onde a empresa foi fundada em 15.5.1849. No térreo ficavam loja, escritório e armazéns; a residência ficava num amplo andar em cima deles, tendo um outro bem menor como segundo andar. No final dessa avenida fica o porto fluvial; no extremo oposto fica a estação ferroviária; entre os dois ficava a casa de Celso e Marie - meus pais - onde eu e meus cinco irmãos fomos criados.
  Era na Avenida Presidente Vargas, 550 (ex-Rua Grande, 74), esquinas das Ruas do Passeio (foto ao lado) e Visconde de Itaboraí - em Parnaíba, minha querida terra natal.

Abro um parêntese: Ao contemplar a foto da casa em que desfrutei a infância e a juventude, revivo em pensamento a alegria de compartilhar riquezas de vida na companhia de meus queridos pais e irmãos. Nos tempos oportunos todos mudaram de residência, sendo eu o último a deixá-la - quando me casei, em 29.10.1949. Os anos foram passando e, entrementes, Papai, Mamãe, Fred, Reggie e Célia já seguiram o caminho de todos os mortais, deixando-nos imensa saudade de cada um.
Hoje somos só a Ena, a Sônia e eu - vistos na foto ao lado, no terraço daquela casa. Nossas idades eram 18, 16 e 15 anos, em Fevereiro de 1943; esse foi o último ano em que moramos no mesmo lar, pois a Ena (à direita na foto) já era noiva quando fui estudar em Recife e casou-se em Junho, de modo que ao regressar em Dezembro ela já residia em Teresina. Atualmente ambas são viúvas, uma residente em Teresina e a outra em São Paulo.
   A família da Ena é muito grande (uma das mais numerosas do Piauí), a da Sônia é pequena e a minha é grande; todos os nossos descendentes honram o nome da família integrante da saga internacional constante deste simples resumo. Ele é minha modesta contribuição para preservar a história escrita pelos nossos antepassados, que é realmente digna de registro.      Fecho o parêntese.

Entreposto comercial na foz de um grande rio
   Graças à situação geográfica, no delta de um grande rio, Parnaíba era um excelente entreposto comercial. A Booth Line (empresa inglesa de navegação marítima) tinha ali uma filial e uma doca seca para reparo de rebocadores e alvarengas; uma companhia de navegação fluvial com navios a vapor transportava cargas e passageiros pelo rio Parnaíba, servindo localidades ribeirinhas do Maranhão e do Piauí e beneficiando indiretamente a região central do país. Tirando bom proveito dessa peculiaridade, a Casa Ingleza cresceu muito e deu expressiva contribuição ao desenvolvimento econômico e social do Estado, tendo James Clark participado de dignificantes atividades como a fundação, em 1917, da Associação Comercial de Parnaiba, ao lado de homens cujos nomes também honram as tradições da cidade, como Armando Madeira, Antônio Gomes Veras, Henock Guimarães, Francisco Castello Branco, Delbão Rodrigues, Francisco Moraes Correia, José Narciso, Jozias Benedito de Moraes, Antônio Borges Machado, Merval Veras, José Mentor e Pedro Veiga de Almeida.

Abro um parêntese:Ao longo de muitos anos meu pai participou da diretoria daquela entidade, tendo sido seu presidente em 1940; e quando ele veio para Fortaleza, em 1948, tive o privilégio de sucedê-lo, integrando a diretoria da mesma até 1959, quando também vim para cá. Fecho o parêntese.

   O escritor Berilo Neves (citado na edição de 30.6.1962 da revista “O Cruzeiro”) disse o seguinte sobre James Frederick Clark: “Coube-lhe a glória de descobrir os préstimos maravilhosos da cera de carnaúba. Durante longos anos remeteu amostras para Liverpool, Londres e Manchester. Pôs em atividade os laboratórios ingleses, escreveu a amigos, sugeriu, suplicou...; até que, em 1894, remetia para a Europa a primeira partida comercial de cera de carnaúba. Era o início de sua riqueza honradíssima e de uma nova era de prosperidade para o Piauí.”
   O Governo do Estado do Piauí, em 1946, lhe dedicou um monumento tendo o seu busto, em bronze, sobre uma coluna de concreto na forma de tronco de carnaubeira. Merecida homenagem - que valoriza a história de Parnaíba.

Abro um parêntese: Os mastros com as bandeiras do Brasil e da Inglaterra vistas na foto só estiveram lá no dia da inauguração do monumento; elas representam os dois países que o homenageado uniu; ele foi representado pelo filho Septimus, seu digno sucessor, que fez um lindo discurso sobre o significado da ocasião. Esse monumento é, para mim, o símbolo brasileiro da saga internacional cujo símbolo inglês é a “árvore do vovô” em Keswick.    Fecho o parêntese.



          Fim da parte 1/6                                                              Continua na parte 2/6

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SAGA INTERNACIONAL     -      6 PARTES      -     SUMÁRIO

1/6 - Saga internacional; Transplante; “Árvore do vovô”; Inglês que amava o Brasil e brasileira que amava a Inglaterra; Dedicação e fidelidade premiadas; Entreposto comercial na foz de um grande rio

2/6 - Nomes, épocas e circunstâncias; Guerra no mundo...; Frederico no Japão -  Embaixador do Brasil; Frederico outra vez na França, agora como Embaixador

3/6 - Submarinos x Aviões; Cooperação Brasil – USA; Paz e Esperança; Sonhos x Realidade

4/6 - Aviação - Parnaíba entre Nova York e Buenos Aires; Aviação - Panair e Celso Nunes; Aviação - Na paz e na guerra; Aviação - Honra ao mérito e expansão

5/6 - Negócios e Famílias - mudanças e bênçãos; Árvore comercial plantada por meu pai  -  há 80 anos; James Kelso no Rotary International

6/6 - Elos de amor unindo gerações; Floresta de árvores genealógicas; Brasil e Inglaterra; Conclusão
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 “Uma geração louvará a outra geração as tuas obras e anunciará os teus poderosos feitos.”(Salmo 145.4)


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