sábado, 29 de outubro de 2016

POMAR DAS GERAÇÕES


Parábola sobre uma “Árvore do Amor”.

O dia 29 de Outubro de 2016 assinala o 67º aniversário de casamento - Bodas de Neve - dos jovens de ontem e anciãos de hoje, que constituem o casal objeto desta parábola – 
Jimmy e Carminha.

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            No Natal de 1945 dois jovens começaram a namorar - o rapaz com 18 e a moça com 15 anos de idade.  Dançando ao som de músicas propícias ao enlevo que os aproximou, eles foram agraciados por Deus com presentes iguais: duas bandinhas de uma semente da “Árvore do Amor”. Elas eram invisíveis aos olhos mas perceptíveis às mentes de quem as recebeu, e sentidas em seus corações.
            Eles não foram prevenidos, mas a semente (dividida em partes iguais) precisava ser guardada em clima adequado e protegida dos perigosos obstáculos que o rapaz e a moça haveriam de enfrentar em seus diferentes caminhos. Meses depois, ela viajou para o Sul do Brasil; e pouco antes de seu regresso, ele viajou para o Norte do Estados Unidos. Cada um levou sua bandinha da semente, considerando-a preciosa. Elas teriam murchado se houvessem ficado, pois não resistiriam à falta de amor de seus novos donos.
            Os jovens não eram isentos das  armadilhas do mundo, principalmente a sensação de ausência provocada pela imensa distância geográfica e a dificuldade de comunicação - restrita a cartas que eram lidas dez dias depois de escritas. O rapaz e a moça não eram imunes a outros perigos, como os encantos naturais da juventude e a sedução provocada por pessoas que eventualmente viessem a conhecer. 
            Como as sementinhas foram bem tratadas e sempre acompanharam os donos nas andanças e viagens de ambos, em vez de ficarem engavetadas, elas atravessaram incólumes duas festas natalinas. Em 1946 o frio, a neve, a música e o deslumbramento do “White Christmas” (“Natal branco”) americano só fez aumentar no rapaz a vontade de estar ao lado da moça, em Parnaíba.  E no Natal de 1947 as duas bandas da semente permaneciam intatas, sãs e salvas nos corações dos jovens, que puderam comemorar juntos o segundo aniversário de seu namoro. 
            Se ao longo de dois anos Deus esteve testando os namorados, Ele mesmo providenciou um  esplêndido noivado e os premiou com um par de alianças de ouro, cada qual com um nome gravado. Na do rapaz, o  nome Carminha; e na da moça, o nome Jimmy. As duas bandinhas da semente continuaram invisíveis nos corações dos jovens, mas cada um passou a ostentar algo bem visível num dedo da mão direita...!
            Abro um parêntese: Aqueles anéis, quando juntos, formavam uma espécie de binóculo (aparelho com duas lentes de longo alcance) e com eles os noivos passaram a perscrutar terrenos para escolher um em que pudessem plantar, juntas, as bandas daquela semente a fim de que elas se fundissem na germinação da “árvore” da família que iriam constituir pelo casamento. E assim conheceram o “Pomar das Gerações”, do tipo que ainda hoje o Criador faz surgir em cada lugar (da menor aldeia à maior metrópole), para nele cada casal plantar sua imaginária árvore.  
            Nesses pomares as árvores representam os casais, os frutos significam os filhos e, juntos, eles compõem as famílias nascidas do milagre da sucessão das gerações. No planeta Terra, incontáveis florestas de “Arvores do Amor” continuam cumprindo a vontade de Deus, que no início criou o homem e a mulher à Sua imagem e lhes disse “sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”. Fecho o parêntese.
            Se durante dois anos Deus esteve testando os noivos, Ele mesmo providenciou uma linda festa de casamento para eles, finalmente, plantarem juntas as duas bandinhas  da semente da “Árvore do Amor”, que Ele lhes deu quando os dois começaram a namorar. Para registrar esse plantio, uma data - 29.10.1949 - foi gravada em cada uma daquelas alianças. 
E elas mudaram da mão direita para a mão esquerda de cada noivo,  simbolizando que os dois foram promovidos à condição de cônjuges.             
            “Recordar é viver” e também motivo de agradecimento a Deus por haver proporcionado aos namorados de 1945 e noivos de 1947 a alegria de vivenciarem o Natal de 1949 já como marido e mulher, e por lhes haver concedido a felicidade de compartilharem, sempre juntos, de tantos outros aniversários natalícios de Jesus Cristo.O Natal de 2016 marcará o 71º ano desde o início de um namoro que ainda não chegou ao fim...!
O dia 29 de Outubro de 2016  assinala o 67 º aniversário de  casamento de Jimmy e Carminha - os jovens de ontem e anciãos de hoje  que constituem o casal objeto desta simples parábola.
Eles são os pais, os sogros, os avós e os bisavós das pessoas queridas que representam o fruto do seu amor.   
Considerando a ausência de juventude como um privilégio dos que desfrutaram de uma vida de longa duração, eles agora estão pagando - com muita gratidão a Deus - o maravilhoso tributo da velhice.
Compartilhando as riquezas de vida representadas pela minha própria experiência de uma longa vida-a-dois, desejo aos leitores deste blog a mesma felicidade com que eu e minha esposa temos sido abençoados.
  
“Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho o Senhor, confia n’Ele, e o mais Ele fará.”(Salmo 37.4-5)

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