quinta-feira, 28 de julho de 2016

ALEGRANDO CORAÇÕES DE CRIANÇAS

Com a intenção de alegrar corações de crianças das famílias de leitores deste blog, estou postando um dos contos infantis de autoria de minha esposa e também amiga de infância: CARMINHA CORREIA CLARK NUNES.

MAGGY - A OVELHA DESOBEDIENTE 
                                                                            
Ao nascer, Maggy era uma coisinha pequena e graciosa, coberta de pelos fininhos e curtos. Ela gostava de ser acariciada pela mamãe ovelha quando a limpava passando-lhe a língua.
Maggy cresceu rapidamente e começou a brincar, a saltar e a seguir sua mamãe pelos campos. Aos seis meses já era capaz de se alimentar sozinha, comendo ervas, raízes e raminhos.
Quando fez um ano foi viver com as outras sob os cuidados de um pastor. No rebanho ao qual Maggy pertencia o pastor amava muito suas ovelhas e as ensinava a andar sempre juntas, para se protegerem contra os assaltos de lobos ou de ladrões.
Certo dia, Maggy viu ao longe uns tufozinhos de erva bem verdinha e ficou com água na boca de tanta vontade de comê-la. Olhou, desconfiada, para os lados e como não viu o pastor, aproveitou para dar uma escapadinha...
Correu em direção à erva, mas descobriu que a graminha estava mais distante do que ela havia imaginado. Chegando lá, começou gulosamente a comer aqui e ali, até que entrou no bosque, sem notar.
Viu-se num mundo estranho, rodeada por lindas plantas onde o Sol mal podia penetrar. Distraída e maravilhada, acabou tropeçando numa moita de espinhos. Ficou de perninhas para o ar, berrando por socorro, enquanto os espinhos lhe feriam e lhe rasgavam o pelo.
Quando caem e ficam assim, as ovelhas não podem mais se levantar, por causa do corpo pesado de lã e das perninhas finas que não lhes dão equilíbrio. Quanto mais se debatem, mais engolem ar e acabam morrendo se alguém não vier em socorro delas.
  


Teria sido este o fim da desobediente Maggy se o pastor não houvesse dado por sua falta quando conferiu o rebanho ao entardecer. Ele deixou as outras no aprisco e saiu à procura da ovelha perdida. Procurou Maggy por muito tempo, chamando-a pelo nome, mas como resposta ouvia apenas o ruído das folhas batidas pelo vento. Cansado, já ia regressar quando ouviu um fraco balido vindo do bosque.
- Não é possível! Será que a Maggy entrou no bosque? Correu até lá e viu a ovelha presa e ferida.
- Coitadinha! – disse o pastor. Fica quietinha que vou te libertar!
Abaixou-se e com carinho foi retirando Maggy dentre os espinhos. Depois colocou-a nos ombros e partiu. Ela se sentiu emocionada nos braços do pastor e fechou os olhinhos, feliz. Agora estava bem protegida e segura!
Daquele dia em diante ela nunca mais se afastou de seu pastor.

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