Com a intenção de alegrar corações de crianças das famílias de leitores
deste blog, estou postando um dos contos infantis de autoria de minha esposa e
também amiga de infância: CARMINHA CORREIA CLARK NUNES.
MAGGY - A OVELHA DESOBEDIENTE
Ao nascer, Maggy era
uma coisinha pequena e graciosa, coberta de pelos fininhos e curtos. Ela
gostava de ser acariciada pela mamãe ovelha quando a limpava passando-lhe a
língua.
Maggy cresceu rapidamente
e começou a brincar, a saltar e a seguir sua mamãe pelos campos. Aos seis meses
já era capaz de se alimentar sozinha, comendo ervas, raízes e raminhos.
Quando fez um ano foi
viver com as outras sob os cuidados de um pastor. No rebanho ao qual Maggy
pertencia o pastor amava muito suas ovelhas e as ensinava a andar sempre
juntas, para se protegerem contra os assaltos de lobos ou de ladrões.
Certo dia, Maggy viu ao
longe uns tufozinhos de erva bem verdinha e ficou com água na boca de tanta
vontade de comê-la. Olhou, desconfiada, para os lados e como não viu o pastor,
aproveitou para dar uma escapadinha...
Correu em direção à
erva, mas descobriu que a graminha estava mais distante do que ela havia
imaginado. Chegando lá, começou gulosamente a comer aqui e ali, até que entrou
no bosque, sem notar.
Viu-se num mundo
estranho, rodeada por lindas plantas onde o Sol mal podia penetrar. Distraída e
maravilhada, acabou tropeçando numa moita de espinhos. Ficou de perninhas para
o ar, berrando por socorro, enquanto os espinhos lhe feriam e lhe rasgavam o
pelo.
Quando caem e ficam
assim, as ovelhas não podem mais se levantar, por causa do corpo pesado de lã e
das perninhas finas que não lhes dão equilíbrio. Quanto mais se debatem, mais
engolem ar e acabam morrendo se alguém não vier em socorro delas.
Teria sido este o fim
da desobediente Maggy se o pastor não houvesse dado por sua falta quando
conferiu o rebanho ao entardecer. Ele deixou as outras no aprisco e saiu à
procura da ovelha perdida. Procurou Maggy por muito tempo, chamando-a pelo
nome, mas como resposta ouvia apenas o ruído das folhas batidas pelo vento.
Cansado, já ia regressar quando ouviu um fraco balido vindo do bosque.
- Não é possível! Será
que a Maggy entrou no bosque? Correu até lá e viu a ovelha presa e ferida.
- Coitadinha! – disse o
pastor. Fica quietinha que vou te libertar!
Abaixou-se e com
carinho foi retirando Maggy dentre os espinhos. Depois colocou-a nos ombros e
partiu. Ela se sentiu emocionada nos braços do pastor e fechou os olhinhos,
feliz. Agora estava bem protegida e segura!
Daquele dia em diante ela
nunca mais se afastou de seu pastor.
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