ESTAÇÕES DO ANO E FASES DA VIDA

Analogia baseada no fato de que as fases da vida são tão inevitáveis quanto o são as estações do ano.

Se, por analogia, admitirmos que as estações do ano correspondem a fases da vida humana, poderemos aceitar o seguinte raciocínio:

PRIMAVERA = infância e juventude   - do nascimento até os 25 anos;

VERÃO         = maturidade (1ª parte) - dos 26 até os 50 anos;

OUTONO      = maturidade (2ª parte) - dos 51 até os 75 anos;

INVERNO     = velhice                   - dos 76 anos até o falecimento.

As 4 estações do ano variam conforme o movimento do Sol e são opostas nos hemisférios. Elas tem belezas diferentes, que caracterizam as épocas em que ocorrem, tal como as pessoas - que tanto podem exibir força e beleza físicas na mocidade como podem demonstrar força e beleza espirituais na velhice.

Na natureza os diferentes cenários são deslumbrantes exemplos da criação de Deus, o mesmo que dá vida, saúde e inteligência aos seres humanos, assim como também faz o sorriso das crianças, a beleza das noivas, o encanto da mulher madura, o vigor dos atletas, o dom dos gênios, a capacitação para que as pessoas possam amar, estudar, trabalhar, servir, ser pacientes, agradecidas, resignadas e muito, muito mais.

Tentarei explicar minha concepção da analogia acima referida:

A PRIMAVERA da vida (infância e juventude - do nascimento até os 25 anos) corresponde ao período fundamental em que cada um pode e deve aprender a falar, a respeitar, a brincar e a ler; ouvir histórias e acalentar sonhos; adquirir consciência a respeito de quem é, de onde vem e para onde vai; estudar, conhecer pessoas, fazer amigos e escolher a quem imitar; cuidar da saúde física e mental; pedir a Deus que lhe conceda a salvação eterna pela graça da fé em Jesus Cristo.

A Bíblia diz (Mt 22.37-39): “... Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: amarás a teu próximo como a ti mesmo.”

O VERÃO da vida (1ª parte da maturidade - dos 26 até os 50 anos) corresponde à época adequada para cada um trabalhar com entusiasmo e determinação, definir a profissão que lhe motiva e agrada; planejar, investir e acumular conhecimentos; constituir família pelo casamento, criar e educar filhos; cultivar boas amizades, estabelecer alvos a atingir nas diversas áreas da existência, lutar por nobres ideais e conduzir-se com dignidade em qualquer circunstância.

A Bíblia afirma (Sl 37.4-5): “Agrada-te do Senhor, e Ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele, e o mais Ele fará.”

O OUTONO da vida (2ª parte da maturidade - dos 51 até os 75 anos) corresponde à fase propícia para consolidar o que houver conseguido ao longo da existência, moderar o ritmo de trabalho, enfrentar as adversidades confiando em Deus; adaptar-se com as mudanças causadas pela idade, colaborar em prol da união da família, identificar os verdadeiros amigos e aconselhar netos; refletir sobre o passado e o futuro, preparando-se para a próxima e última estação.

A Bíblia exorta (Fp 4.8): “... tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento.”

O INVERNO da vida (velhice - dos 76 anos até o falecimento) corresponde à quadra inexorável em que cada pessoa idosa tem a última oportunidade que lhe é dada para pedir a Deus que lhe conceda a salvação eterna pela graça da fé em Jesus Cristo (se ainda não foi salva) ou para testemunhar a respeito do amor, do poder e da misericórdia de Deus operando em seu benefício (se já foi agraciada com a salvação); para agradecer ao Criador a saúde, a força, a beleza, a paz ou outras bênçãos que tenham marcado sua juventude; as circunstâncias favoráveis desfrutadas através de ancestrais e descendentes, especialmente pais e filhos; honrar o cônjuge (esposo ou esposa) de sua mocidade e de sua velhice - com amor, gratidão e carinho; ensinar aos jovens, valorizar os amigos, consolar aflitos, compartilhar observações e reflexões, lembrar do que lhe foi possível colher durante sua longa caminhada na Terra - para se conformar se foi pouco ou para ser agradecido se foi muito.

A Bíblia ensina (1Co 2.9): “...Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”

A analogia acima tem origem na evidência de que a infância e a juventude (juntas na “Primavera”), a maturidade (parte no “Verão” / parte no “Outono”) e a velhice (contida no “Inverno”) são fases da vida tão inevitáveis (para a raça humana) quanto o são as estações do ano (para o planeta Terra).

Não há força humana capaz de alterar o começo e o fim destas - que são marcadas por dois equinócios (dia do ano em que o Sol passa para cima ou para baixo da linha do equador, na Primavera ou no Outono) e dois solstícios (quando o Sol, ao norte ou ao sul, atinge a máxima distância em relação ao equador, no Verão ou no Inverno). O mesmo ocorre com a vida das pessoas, pois não há força humana capaz de impedir a morte de quem nasce. Todos começam uma nova vida - eterna - no dia em que se desvinculam de seus vínculos terrenos, independentemente do que venham a crer.

Inexoravelmente as leis de Deus são cumpridas dia após dia, ano após ano, século após século, milênio após milênio...!

Para o leitor que ainda está palmilhando sua PRIMAVERA recomendo ter paciência e disposição para contornar os obstáculos que surgirem em sua rota. 

Para o leitor que está atravessando o seu VERÃO aconselho a oferecer resistência ao que tentar paralisar sua atividade ou a desistir de seus direitos.

Para o leitor que está navegando em seu OUTONO recomendo não abrir mão da esperança e aguardar a bonança que poderá vir depois da tempestade.

Para o leitor que já está experimentando o seu INVERNO aconselho a manter com perseverança a atividade que combina com sua personalidade, defendendo tenazmente o capital intangível de seus conhecimentos profissionais e valores morais, utilizando-os com dignidade e bom senso - enquanto Deus lhe der saúde física e mental.

E para os que estiverem em qualquer fase da vida terrena repasso um conselho recebido de um sábio amigo que já está desfrutando da vida eterna:

“Diariamente fique um momento a sós com Deus, lendo a Bíblia e orando, para obter sabedoria e paz no coração.”