sexta-feira, 17 de junho de 2016

ADMIRANDO MARAVILHAS CRIADAS POR DEUS

Observações à luz do bom senso, passíveis de exame por parte de quem crê na existência ou na inexistência de Deus.

PARTE Nº 
1
DESTE  
CAPÍTULO

Em diversas ocasiões tenho tido o prazer de conversar com um ateu muito inteligente e de grande cultura. Falamos sobre o mundo, a natureza, as astronômicas dimensões do ambiente em que a Terra se desloca, aspectos admiráveis do corpo humano inclusive as minúsculas dimensões de certas partes de alguns órgãos, etc. Tais conversas aparecem de repente e igualmente desaparecem, como “cometas intelectuais”.

O tempo passa e não volta
Recentemente ele me perguntou o que era o tempo, que passa e não volta. Respondi que era como o vento, que também passa e não volta. Em dado momento ele comentou que daqui a cem anos todos os atuais habitantes da Terra estarão mortos, com raras exceções. Concordei. Então ele me perguntou se eu achava que só os corpos permaneciam, liberando as almas neles contidas. Diante de minha óbvia concordância, a conversa evoluiu para aspectos filosóficos, chegando ao seguinte ponto pacifico: como sempre tem ocorrido, hoje um grupo de habitantes da Terra crê na existência e outro crê na inexistência de Deus. A propósito do assunto fiz uma analogia, cujo resumo apresento a seguir:

Lição da História
Na década de 1920, quando Adolf Hitler fundou o nazismo na Alemanha, tendo como base o fortalecimento militar, a expansão territorial, as realizações sociais e a supremacia da raça germânica, um grupo de judeus acreditava na existência de um plano que poderia transformar suas vidas num inferno; paralelamente, outro grupo acreditava na inexistência de tal plano. Na década seguinte o chefe do partido tornou-se chanceler do Estado e, pouco depois, ditador do império denominado III Reich.
Deploravelmente a história registra que aproximadamente 6.000.000 de judeus foram exterminados antes da Alemanha ser derrotada e o diabólico “fuhrer” cometer suicídio ou sumir. Enquanto isso, muitos outros judeus haviam se mudado para outros países, onde prosseguiram vivendo em liberdade, como comprovam seus atuais descendentes. Naquela época era impossível um grupo convencer o outro a respeito do futuro em que acreditava. Por isso, muitos foram salvos enquanto muitos foram mortos, como consequência das decisões que tomaram ou deixaram de tomar. 
Muitos judeus abriram mão de tudo que possuíam em sua terra natal e buscaram plagas desconhecidas, enquanto era possível fazê-lo, pois chegou um tempo em que se tornou impossível escapar da Gestapo (Polícia Secreta do III Reich). Analogamente, é limitado o tempo em que é possível uma pessoa ser salva por Cristo para a vida eterna: enquanto está vivendo e raciocinando. Depois da morte é impossível a um descrente escapar da “polícia secreta” do satânico inimigo.
O seguinte raciocínio merece reflexão: se Hitler não houvesse infernizado as vidas de milhões de judeus, certamente teriam ficado frustrados aqueles que, apesar de vivos, abriram mão de muitas coisas inestimáveis só por acreditarem numa hipótese. Inversamente, os que acreditavam na ilusão de que o nazismo não lhes seria infernal, foram submetidos a indescritíveis sofrimentos e a ignominiosas mortes.
Se hoje um ateu, por egoísmo ou instinto de conservação, deixar o orgulho de lado para meditar nessa grave lição da História, talvez constate que será melhor pedir, com humildade e confiança, que Deus lhe conceda a felicidade de ter fé em Jesus  Cristo - enquanto é tempo...
Considerações
Como já atingi a provecta idade de 88 anos e talvez outros “cometas intelectuais” não me apareçam enquanto posso conversar com algum amigo ateu, aproveito o embalo destas considerações para adicionar as seguintes, na esperança de que alguém possa fazer bom uso delas no futuro:

Cometas e a vastidão do Universo
O cometa de Halley reaparece em espaços de 75 a 76 anos, tempo suficiente para ele dar uma “voltinha” pelo espaço. Ele foi observado pela primeira vez em 1682, pelo inglês Edmund Halley, que calculou seu retorno para 1758 ou 1759. O célebre astrônomo faleceu em 1742, antes de ver sua tese comprovada, mas o cometa não o decepcionou e ficou reaparecendo nos tempos por ele previstos. Segundo consta, Mark Twain - nascido em 1835, quando o cometa de Halley visitou a Terra - achava que morreria quando ele voltasse; pois o notável escritor americano faleceu aos 75 anos, quando o nebuloso astro reapareceu - em 1910...!
Exatamente nesse ano ele foi visto pelo menino que haveria de ser meu pai e pela menina que haveria de ser minha mãe; Celso Augusto era um dos alunos internos de um colégio de Fortaleza cujo diretor lhes transmitiu valiosas informações a respeito; e Marie, em Parnaíba, morava com os pais num sobrado cujo terraço, em cima do andar térreo, era propício à observação. Em 1986, quando Papai tinha 90 anos e Mamãe ia fazer 88, o famoso cometa passeou nas cercanias de nosso planeta, mas em Fortaleza foi difícil vê-lo. Assim, meus queridos velhinhos tiveram de se contentar com o prazer de contar a filhos e netos um pouco do deslumbrante espetáculo celeste que tiveram o privilégio de contemplar no passado. De minha parte, tentei mas não pude apreciá-lo; apesar da frustração, fiquei emocionado só em ver (no telescópio de uma escola) o pontinho luminoso que, segundo me afirmou um professor de astronomia, era mesmo o famoso cometa de Halley!  Aumentou minha admiração ao homem que o percebeu, 304 anos antes, e acertou no cálculo de sua trajetória; e muito mais ao Criador dele e do cometa.
Eu estava com a idade de 58 anos e então pensei: já não estarei aqui quando ele voltar à Terra. E fiquei meditando na inconcebível distância que ele percorreu e nas miríades de astros pelos quais ele foi passando ao longo dos 76 anos desde sua aparição no tempo em que meus pais eram crianças...   

“...um grande salto para a humanidade”
Em 1969 Neil Armstrong e Edwin Aldrin pousaram na Lua (no módulo “Eagle”), andaram nela e, reacoplando na nave-mãe (“Columbia”), voltaram à Terra com Michael Collins, que nela ficou rodeando o satélite. Nas palavras de Armstrong, a fantástica ocorrência foi “Um pequeno passo para o homem, um grande salto para a humanidade.
Apesar de transcorridos 47 anos, lembro-me bem daquele fascinante momento que valorizou a raça humana. E recordei algo espetacular que vi em Nova York quando eu tinha 18 anos: a miniatura do sistema solar, em escala, girando de forma sincronizada.

O que era invisível, porém, me causou admiração igual ou maior: o mecanismo de engrenagens, motores, etc. que, atrás do teto, movimentavam o Sol com seus planetas e respectivos satélites. O complicado engenho só é invisível para os visitantes, pois foi calculado, construído e montado por homens a quem Deus capacitou com inteligência, habilidade e determinação para fazê-lo. É semelhante aos relógios, nos quais só o mostrador e os ponteiros são visíveis, enquanto as engrenagens que trabalham dia e noite são invisíveis - apesar de necessárias.

Poder invisível
Ouvi um astrônomo dizer que a Terra equivale a um grão de poeira cósmica em relação ao Universo, cuja dimensão excede os limites da mente humana - para quem só é visível uma pequena parte dele. Em face dessa humilhante realidade, só pela fé (concedida por Deus a quem Ele quer agraciar) os homens podem admirar numa noite escura um lindo céu semeado de estrelas cintilantes, acreditando no poder - invisível - com que o Criador as mantém orbitando no firmamento.

“...um grande passo para a civilização”
Em 2014 a Agência Espacial Européia - ESA - realizou uma façanha que também valorizou a raça humana: fez um equipamento (não tripulado) viajar dez anos no cosmo para pousar num cometa orbitando em fantástica velocidade...! Foi o “Philae” (módulo acoplado à sonda “Rosetta”), da qual se desligou para pousar no “Chury”. O longo tempo consumido foi necessário para percorrer 6.500.000.000 (seis e meio bilhões) de quilômetros...! O  diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain,  assim se expressou: Foi um grande passo para a civilização.
É incompreensível para mim a exatidão dos cálculos que permitiram o êxito da fabulosa missão. Admiro-a e respeito os gênios modernos que a viabilizaram. Mais ainda, admiro a Quem os criou e capacitou a acreditar e usufruir das leis com que Ele controla o Universo: Deus! Se elas não fossem imutáveis, não seriam confiáveis.

Planeta parecido com a Terra,  à distância de 500 anos-luz
Recentemente um planeta parecido com a Terra foi localizado por astrônomos. Ele recebeu da NASA a denominação “Kepler 186f”, segundo a revista Veja de 19.11.14. A boa notícia foi neutralizada pelo esclarecimento sobre a distância que nos separa, pois um objeto voando à velocidade da luz consumiria 500 (quinhentos) anos para alcançá-lo...! Ultrapassa meu entendimento a imensidão do espaço que um objeto voando a 300.000 km por segundo levaria 5 séculos para percorrer.  O que mais admiro, porém, são os seguintes fatos:
- a existência (do lado de cá) de um telescópio capaz de identificar algo tão longe e a realidade (do outro lado) de um planeta com características semelhantes à do satélite do Sol que é nosso lindo habitat;
- a grandiosidade de Deus ao criar (do lado de cá) pessoas capazes de construir e utilizar telescópios desse porte e (do outro lado) um sistema parecido com o solar  -  com estrelas e satélites obedecendo ao comando de Quem os criou e mantém funcionando.  
Isso tudo me leva a pensar no atual estágio da civilização, pois o tal astro existe há milênios mas só agora veio a ser conhecido, fazendo-me supor o seguinte: a humanidade ainda está para o conhecimento do Universo assim como em 1492 a caravela de Colombo estava para um Boeing 777.  Aproveitando as mesmas leis físicas que já existiam e ainda existem hoje, o barco iniciou a travessia do Atlântico em Agosto e terminou em Outubro; o avião voa a 890 km/ h e, pesando mais de 300 toneladas, transporta 360 passageiros.
   
Esperança
Tenho pena dos ateus, que não desfrutam da alegria de meditar na vastidão do Universo crendo em Quem o criou, sustenta e controla. Lamento também que eles abram mão, talvez por falta de humildade, da esperança de poderem - quando a vida terrena terminar e a eterna começar - desfrutar da salvação em Cristo, no Céu, entendendo e apreciando tanta grandiosidade. 

Nota para os leitores
Esta é a parte nº 1 do capítulo “ADMIRANDO MARAVILHAS CRIADAS POR DEUS” e, em continuação, outras devem ser postadas oportunamente.


 Junho de 2016

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