Suponho que esse vírus seja o único que conseguiu “imperar” sobre o
mundo, ignorando fronteiras e humilhando a raça humana, inclusive os mais
importantes chefes de governos dos mais poderosos países. O “Coronavirus” só
obedece a Deus, o Criador e Mantenedor do Universo.
Sua
Majestade o COVID – 19
Agora em Março de 2020 qualquer pessoa em pleno gozo de suas faculdades
mentais deve estar com pavor e preocupação ou, no mínimo, com medo e pessimismo
– diante da situação em que se encontra o mundo atingido pelo Novo
Coronavirus.
Lembrando que vírus é um “micróbio responsável por doenças contagiosas”
cujo desenvolvimento só ocorre “no interior de células vivas”, causa admiração
o fato de que até hoje a Medicina - apesar do extraordinário progresso que a
torna digna do respeito e da gratidão de toda a humanidade - não conseguiu
impedir que a popular Gripe prossiga atingindo incontável número de pessoas de qualquer
raça, idade ou condição social. Quando minha mãe (nascida em 1898) ainda era
criança, muitas vezes ouviu seu pai dizer que gripe se cura em 3 dias (sem
remédio) ou em 5 (com remédio) – tanto em sua Inglaterra (onde ele nasceu) como
no Brasil (que ele escolheu para se enraizar).
A história de minha vida passa (dez anos antes de eu nascer) pela
mortífera “Gripe Espanhola”, que ceifou centenas de milhares de vidas inclusive
metade dos militares americanos que na Europa contribuíram para a Vitória dos
Aliados na “Grande Guerra” (hoje chamada “1ª Guerra Mundial”). O motivo é o
seguinte: em Parnaíba morreu um jovem inglês atingido por ela e outro jovem (Celso
Nunes - que haveria de ser meu pai) teve a pavorosa gripe mas escapou. Por
causa do tratamento a ele oferecido (e o “milagre” da cura) ele veio a conhecer
a jovem Marie Clark (que haveria de ser minha mãe). Em outra ocasião poderei
explicar essa grande bênção de Deus, ocorrida pouco antes da década de 1920.
Entrementes, 100 anos passaram voando...
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Em Março de 2020 - quando a pandemia do Novo Coronavirus está
apavorando a raça humana – pareceu-me apropriado reproduzir o artigo abaixo,
que há quatro anos (em 26.5.2016) publiquei no blog “Riquezas de Vida”. É o
seguinte:
CRISES PASSAM,
VALORES ETERNOS FICAM
Quando no Brasil já são onze milhões os que sofrem por haverem perdido
seus empregos e a tempestade política ainda está longe de ceder lugar à
bonança; quando os noticiários mostram o presidente americano conversando com
seu colega russo a respeito da grave situação da Síria; e, com a
primeira-ministra alemã, sobre o complexo problema dos refugiados na Europa;
quando muitos se preocupam com a figura de um candidato à chefia do governo do
maior país do mundo; e quando o “Aedes aegypti” ameaça ser a praga universal do
mosquito - a memória dos mais velhos pode suavizar o pessimismo dos mais novos,
que pouco ou nada podem fazer a respeito - exceto pedir a Deus que tenha
misericórdia da raça humana.
Dignos de recordação existem vários exemplos de dificuldades e
sofrimentos que pareciam intermináveis ou insolúveis em suas épocas mas que,
apesar disso, passaram e hoje fazem parte da História. Citarei apenas o mais
doloroso e abrangente ocorrido ao longo de minha existência – quando um
homem infernizou a Europa e amedrontou o Mundo - o período de 1939 a 1945,
que manchou a trajetória da humanidade e ficou conhecido como a “2ª Guerra
Mundial”.
Eu era criança quando tudo começou, em 1.9.1939, mas guardo na lembrança
as expressões de tristeza e revolta das pessoas contra a pavorosa crueldade de
Adolf Hitler, que determinou o ataque à Polônia - incapaz de resistir ao grande
poder das forças aérea, terrestre e marítima dos alemães. Em consequência, Inglaterra
e França declararam guerra à Alemanha, mas só oito meses depois esta voltou a
atacar. Os alvos escolhidos foram Holanda, Luxemburgo e Bélgica (que
sucumbiram) e França (que só aguentou cinco semanas e pediu armistício...
O
fato prejudicou muito os ingleses, que tinham 400.000 soldados no porto francês
de Dunkerque, onde poderiam ser dizimados pelos alemães que, em número muito
superior e equipados com tanques, se aproximavam.
Aqueles
ingleses viram a morte bem perto e escaparam graças ao “amor ao próximo” que
motivou muitos de seus compatriotas a enfrentar o mar em cerca de mil
embarcações para trazê-los de volta. Em
números redondos, 30.000 soldados morreram, 30.000 foram capturados e 340.000
foram salvos - honrando as tradições cristãs da Inglaterra. O imenso e valioso
material bélico dos ingleses naquele porto francês teve de ficar lá - para os
alemães... Livros tem sido escritos e
filmes tem sido produzidos sobre a fantástica retirada, durante a qual os
alemães afundaram mais de duzentas embarcações e derrubaram mais de cem aviões.
Dois
meses depois, os alemães decidiram destruir a RAF (Royal Air Force) a fim de
poderem invadir o país pelo mar. Houve, porém, heroica resistência aos
incessantes bombardeios aéreos que ficaram conhecidos como “Batalha da
Inglaterra”. Referindo-se aos aviadores que fizeram Hitler e Goering desistir,
Churchill declarou que “nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.
Desde 1936 Alemanha e Itália tinham uma aliança, chamada “Eixo”; em 1940
o Japão aderiu. Em Junho de 1941 os alemães atacaram a União Soviética, que
estava despreparada mas resistiu bravamente, sob o comando de Stalin; este
contou com o apoio de Roosevelt para fornecimento de material bélico americano,
inclusive aeronaves de última geração.
Em 7 de Dezembro do mesmo ano, centenas de aviões japoneses atacaram a
frota americana ancorada em Pearl Harbor, precipitando a entrada dos Estados Unidos
na guerra.
Em 1942 o Brasil, presidido por Getúlio Vargas, rompeu relações
diplomáticas e comerciais com os países do Eixo, tendo em 1944 enviado uma
Força Expedicionária à Itália, onde ficou vinculada ao V Exército Americano;
seus comandantes eram, respectivamente, os Generais Mascarenhas de Morais e
Mark Clark. O Exército Brasileiro e a FAB (Força Aérea Brasileira) obtiveram
vitórias expressivas, das quais Monte Castelo e Montese são constantemente
lembradas.
Sobre o envolvimento de nosso país na guerra, merece referência especial
o afundamento de 34 navios mercantes brasileiros (causando a morte de 1.081
pessoas) entre 1941 e 1944. Dentre eles destaco o “Affonso Penna” (fotos
abaixo), no qual viajei em 1938 e do qual tenho agradáveis recordações. Lamento
o seu trágico fim, pois ele foi torpedeado em 1943, causando a morte de 125
pessoas, das quais muitas foram submetidas a terríveis sofrimentos, conforme relato no
livro “O Brasil na mira de Hitler”, de Roberto Sander (publicado em
2007).
A triste realidade dos traiçoeiros afundamentos a navios indefesos -
estratégia bem sucedida dos alemães nos mares do mundo nos primeiros anos da
guerra - veio a ser interrompida quando as Forças Aéreas dos países atingidos
(inclusive a FAB) foram gradualmente sendo equipadas com modernos aviões de
patrulha preparados para localizar e destruir submarinos.
Enquanto isso, o inglês Churchill, o americano Roosevelt e o russo
Stalin (que se tornaram credores da humanidade pela obstinada luta dos
“Aliados” contra o “Eixo”) decidiram impor uma exigência radical aos inimigos:
“Rendição Incondicional”.
Em 6.6.1944 ocorreu o gigantesco desembarque, sob o comando do General
Eisenhower, de tropas dos países “Aliados” nas praias da Normandia, onde
começou a libertação da França e dos outros países ocupados pelos nazistas e o
ataque final até a capitulação da Alemanha, que estava sendo invadida e
dominada pela multidão de russos integrantes do exército comandado pelo
Marechal Jukov - vitorioso em Moscou em 1941, Stalingrado em 1943 e Berlim em
1945.
Franklin Roosevelt faleceu em 25.4.45, pouco antes de poder contemplar a
vitória na Europa; foi sucedido por Harry Truman. A Alemanha se rendeu em 9 de
Maio...! E Hitler desapareceu, fugindo astuciosa e covardemente ou
suicidando-se sem deixar vestígio.
Em Agosto os americanos lançaram duas bombas atômicas (Hiroshima e
Nagasaki, nos dias 6 e 9), tendo o Japão capitulado no dia 15; no dia 2 do mês
seguinte foi assinado o ato de rendição incondicional, perante o General
MacArthur, em solenidade realizada num navio da Marinha Americana ancorado na
baía de Tóquio.
Redigindo este em Maio de 2016, observei a seguinte curiosidade histórica:
exatos 6 anos transcorreram entre o começo e o fim da 2ª Guerra Mundial:
no dia 1° de Setembro de 1939 a ponta de uma bomba alemã tocou em solo polonês
e explodiu (marcando o começo) e no dia 2 de Setembro de 1945 a ponta de uma caneta japonesa tocou num
papel e firmou uma assinatura (marcando o fim). Aquela bomba (a primeira
de milhares...) foi lançada quando a mão de um homem acionou o
dispositivo que a desprendeu do avião; e aquela caneta deixou fluir sua tinta
quando a mão de um homem escreveu seu nome no papel que se tornou o “ponto
final” de uma tragédia humana de proporções inimagináveis.
Foram
72 meses de terror, fogo, destruição, desespero, ferimentos, angústia e
sacrifícios, deixando um saldo horripilante de muito mais de 40.000.000 (quarenta
milhões) de mortes...!
Eu
tinha 11 anos (1ª foto) quando tudo começou e 17 (2ª foto) quando
terminou.
Guardo
nítida lembrança desse conturbado período e do que tem ocorrido até hoje,
quando, aos 88 anos, posso manifestar o seguinte pensamento:
1 - naquela época nem o mais otimista dos homens
poderia prever de quem seria a vitória final e quando a paz voltaria ao mundo;
2 - as 7 décadas posteriores mostraram que na
Terra sempre aparecem problemas e sofrimentos (terremotos, furacões, tsunamis,
guerras, revoluções, homicídios, pragas, doenças, desemprego, fome, etc.) mas
também comprovaram que as crises
passam e os valores eternos ficam;
3 - o tempo voa e a vida terrena passa com as
gerações que vão se sucedendo, enquanto a vida eterna nos aguarda a todos; a
questão fundamental a ser considerada e resolvida em tempo oportuno por cada
ser humano é a certeza (com base bíblica) de seu destino quando morrer;
4 - levei meio século para compreender assunto
tão sério, mas aos 52 anos fui alcançado pela misericórdia de Deus, que me
concedeu a graça da fé em Jesus Cristo, que me salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo. No livro “Compartilhando Riquezas de
Vida” (publicado em 2014) a feliz ocorrência está explicada no capítulo
“Aconteceu comigo”.
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Concluindo, aconselho aos leitores que me honram com a leitura do que
posso escrever, o seguinte: quem estiver amedrontado com a pandemia que está
assolando o mundo, e ainda não for salvo para a vida eterna, peça a Deus que
lhe conceda a graça da fé em Jesus Cristo. Paralelamente, procure ouvir dos
mais velhos alguns relatos de crises que foram terríveis enquanto duraram mas
finalmente passaram, ficando os valores eternos, que sempre estarão disponíveis
a quem busca a Deus em atitude de humildade e confiança.
Se Ele quiser que eu venha a escapar da perigosa situação presente, e houver
por bem me capacitar a continuar escrevendo, num próximo artigo terei prazer em
citar alguns exemplos históricos em respaldo da afirmação acima.
Se, porém, o leitor já for um filho adotivo de Deus, salvo em Cristo,
espero que o momento atual nos traga fortalecimento na fé, crescimento
espiritual, oportunidades de darmos bom testemunho de vida cristã e de sermos
úteis a quem for possível.
“Agrada-te do Senhor, e Ele
satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia
n’Ele, e o mais Ele fará.” (Bíblia – Salmos 37.4-5).
Ao finalizar minha modesta reflexão, cabe-me explicar o motivo que me
levou a escolher o título acima ( Sua
Majestade o COVID – 19 ) para
este artigo. É o seguinte:
Salvo engano, esse vírus é o único que conseguiu “imperar” sobre nosso
planeta, ignorando fronteiras e humilhando a raça humana, inclusive os mais
importantes chefes de governos dos mais poderosos países. Todos eles, juntos,
são impotentes para impedir as mortes que lamentavelmente ainda haverão de
ocorrer a nível mundial.
Considero-o majestático porque ele se diferencia das epidemias anteriores
no pertinente à sua abrangência geográfica; suponho que elas, apesar de haverem
ceifado centenas de milhares de vidas, não abrangeram todos os países da Terra.
O “Coronavirus” só obedece a Deus, o Criador e Mantenedor do Universo.
Que riqueza de narrativa! Em poucas linhas vimos um panorama completo sobre fatos passados que tanto mal trouxe a humanidade, porém sob a perspectiva de um homem de Deus.
ResponderExcluirQue o nosso pai celestial continue lhe abençoando com mais muitos anos de vida entre nós, “Compartilhando Riquezas de Vida”
Obrigada por compartilhar conosco sua experiência de vida , Sr. Jimmy ! Uma preciosidade nos dias atuais, que Nosso Pai celestial lhe conceda muita saúde !
ResponderExcluirObrigada por compartilhar conosco sua experiência de vida , Sr. Jimmy ! Uma preciosidade nos dias atuais, que Nosso Pai celestial lhe conceda muita saúde !
ResponderExcluirPerfeito!
ResponderExcluirCompanheiro, perfeito seu relato. Parabens
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