terça-feira, 14 de março de 2017

TODO MUNDO ENVELHECE, TODO DIA

101 anos viveu RAIMUNDO MENDES DE CARVALHO -
médico e empresário (aposentado) - em Teresina. Na foto, aos 60, ele relembra os “bons tempos” de jovem na fazenda do pai, no Piauí. Ele deixou valioso exemplo de dignidade e vida retilínea. 



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Relato ilustrado de vidas que já passaram e que estão passando -  deixando dignos descendentes


     Celso Augusto de Moura Nunes e Maria Castelo Branco Clark Nunes, meus saudosos pais, tiveram seis filhos e todos viviam quando eles faleceram. Mamãe viveu 90 anos e Papai 97; ela faleceu em 1989 e ele em 1993.
     Entrementes, faleceram os dois filhos mais velhos e a filha caçula, ficando só as duas irmãs que nasceram antes de mim, e eu - o caçula dos homens. Estando nós já bem idosos, pareceu-me oportuno oferecer aos meus familiares e a quem me prestigiar com a leitura deste blog, através de fotos, algo que lhes dê uma noção de como eram pessoas que já passaram ou estão passando.
     Fiz, pois, uma SELEÇÃO de fotos abrangendo o período de 1931 a 2015 (84 anos), focalizando os irmãos ENA, SÔNIA e JIMMY – e familiares.
     Valorizando-a, começo com uma foto do casal inicialmente referido:
         
     Prosseguindo, apresento fotos das casas em que eles viveram:
Na casa de Parnaíba meus pais, Celso e Marie, criaram e educaram os seis filhos que Deus lhes concedeu, apesar de só a caçula haver nascido nela, tendo os demais nascido antes, numa casinha situada à Rua da Estrela.
Transcrevo alguns trechos do que escrevi em SAGA INTERNACIONAL (capítulo postado neste blog em Dezembro 2016):

“Ao contemplar a foto da casa em que desfrutei a infância e a juventude, revivo em pensamento a alegria de compartilhar riquezas de vida na companhia de meus queridos pais e irmãos.
Nos tempos oportunos todos mudaram de residência, sendo eu o último a deixá-la – quando me casei, em 29.10.1949. Os anos foram passando e, entrementes, Papai, Mamãe, Fred, Reggie e Célia seguiram o caminho de todos os mortais, deixando-nos imensa saudade de cada um.Hoje somos só a Ena, a Sônia e eu, com a idades de 91, 90 e 89, respectivamente.
O último ano em que nós 3 moramos naquela casa foi o de 1943, pois a Ena já era noiva quando fui estudar em Recife no início do ano, e quando regressei, no final, ela já residia em Teresina desde Junho, quando se casou – com o médico Raimundo Mendes de Carvalho.
Em 1948 meus pais emeus irmãos Reggie, Sônia e Célia foram morar em Fortaleza. Fiquei só. O  vácuo deixado pela ausência deles, porém,foi compensado pela afetuosa receptividade de que fui alvo por parte das famílias materna e paterna da Carminha, com quem eu havia noivado poucos meses antes.”

        A casa da Rua Carlos Vasconcelos em Fortaleza foi, ao longo de quatro décadas,a residência da família Celso Nunes. Mamãe viveu nela ao longo de 41 anos e Papai 45. Com eles moravam meus irmãos Reggie, Célia e Sônia. Tendo esta se casado, em 1961, mudou-se para São Paulo, onde era radicado o distinto parnaibano José Amorim Rêgo -meu dileto amigo. Após o falecimento de nosso pai, os dois irmãos - solteiros - foram residir em Teresina.
Aquela casa também viveu e morreu. Ela era cheia de vida, luz, calor e alegria, mas com o passamento daqueles que a dignificaram, ela se tornou semelhante a uma sepultura...  Sobre o assunto, registro a reflexão que me veio à mente quando, depois de longo tempo fechada, ela foi vendida:

“Como a semente que, caindo, germina e se eleva, aquela casa também haveria de cair. O terreno em que ela era encravada recebeu um lindo e moderno edifício – que passou a ser residência de outros proprietários e suas famílias.
Dolorosas circunstâncias comprovam que a vida e as coisas terrenas são efêmeras e impelem o homem a olhar para o alto, pensando em Deus. Ele concede vida plena na eternidade aos que crêem em Seu Filho, Jesus Cristo,  aceitando-O como Senhor e Salvador.  Em 1980, sem merecimento de minha parte, fui alvo dessa maravilhosa graça.”

        Dando continuidade à apresentação de fotos, selecionei quatro muito expressivas, mostrando meus pais, meus irmãos e alguns sobrinhos, em diferentes locais e épocas:
1ª foto (acima), de 6.1.1946 em Parnaíba: Celso e Marie comemorando Bodas de Prata. Vemos o casal e cinco dos seis filhos (da esq. p/direita): Jimmy, Sônia, Reginaldo, Célia e Frederico (Fred).
2ª foto, de 6.1.1951 em Fortaleza: Celso e Marie no seu 30º aniversário de casamento, ao lado dos  filhos Célia, Jimmy, Sônia, Reggie e Ena.; e cinco netos - filhos do casal Ena e Raimundo.
1ª foto, de 1963 em Fortaleza: Da esq. p/ direita: Fred, Ena, Jimmy (eu), Célia, Papai, Mamãe,  Carminha (minha esposa), Sônia, Raimundo (marido da Ena) e Reggie; na frente, nossos filhos Mauro, Jimmy Jr., Mônica e Carmen.
2ª foto, de 1998 em Fortaleza: Celso e Marie com os seis filhos, no 90º aniversário de minha mãe. Esse foi o último festejado na família, pois ela viria a falecer oito meses depois - em 19.5.1989.

Hoje somos só três:  Ena, Sônia e Jimmy - residentes em Teresina, São Paulo e Fortaleza. Ambas são viúvas. Só mesmo a morte haveria de separar pessoas que em vida foram tão unidas. Nem a morte, porém, elimina o amor - que ainda permanece envolto nas recordações e perenes saudades.
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No livro “Compartilhando Riquezas de Vida” escrevi os seguintes capítulos:
Na parte GRANDES EXEMPLOS
Sobre meu pai: “Carnaubeira do Piauí com raízes no Ceará”;
sobre minha mãe:“Franjas prateadas em nuvens escuras”.
Na parte NA ERA DA AVIAÇÃO
“Meu pai e a navegação aérea”; 
“Fred – meu saudoso irmão e admirado aviador”;
“Sônia – querida irmã e bondade em pessoa”.
            Terei prazer em oferecer “separatas” dos mencionados capítulos a quem os solicitar pelo seguinte e-mail: jkc.nunes@gmail.com
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                As fotos abaixo focalizam os irmãos Ena, Sônia e Jimmy - entre familiares.
Foto 1 - no alto: Mamãe e Renato*; sentado: Jimmy; em pé: Florriezinha* (*primos), Ena e Sônia – Rio, 1938.
Foto 2 – Sônia, Jimmy e Ena – Parnaíba, 1943 (no terraço de nossa casa);
Foto 3 – Jimmy e Sônia – São Paulo, 1995 (na residência do casal José Amorim-Sônia).
Foto 1  Jimmy e Sônia – navegando no Delta do Parnaíba – 1994;
Foto 2 – Jimmy, Ena e Sônia – Teresina, 2003  (na residência do casal Raimundo Mendes-Ena);
Foto 3 – Sônia e Jimmy  – Teresina, 2015 (vindos de São Paulo e Fortaleza para o 90º aniversário da Ena).
Foto 1  Sônia, Ena e Jimmy  – (na porta da casa da Rua Orquídea). As 3 fotos são de Teresina, 2015
Foto 2 – Sônia e Jimmy, com Rdo. Filho, Carmen, Catarina, Ana Carlota e Eliana (filhos dos 3 irmãos);
Foto 3 – Carmen (minha filha), Raimundo Filho e Jimmy - (na residência dele e da Lena, sua esposa).
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        A seguir presto minha HOMENAGEM AOS CÔNJUGES que ingressaram na família de meus pais, casando-se com um dos três filhos que hoje são os seus remanescentes. Em nome deles homenageio também a todos os cônjuges de meus filhos, sobrinhos e netos – a quem desejo a mesma felicidade com que eu e minha esposa temos sido agraciados por Deus ao longo de 67 anos de casados.
Foto 1 - Raimundo Mendes de Carvalho e Ena –  Parnaíba, 13 de Junho de 1943;
Foto 2 - José Amorim Rêgo e Sônia –  Fortaleza, 9 de Novembro de 1961;
Foto 3 - Carminha (Maria do Carmo Correia Clark Nunes) e Jimmy– Parnaíba, 29 de Outubro de 1949.
Foto 1 – Raimundo Mendes - médico e empresário (aposentado) em Teresina - relembrando, já sessentão, os “bons tempos” de adolescente. Foto de 1974 na fazenda de seu pai, no Sul do Piauí. Homem forte mas distinto, meu querido cunhado viveu 101 anos... e faleceu! Os dez filhos com que Deus abençoou a ele e a Ena sabem honrar a memória do pai, cujo principal legado é seu valioso exemplo de dignidade e vida retilínea! Ele e minha irmã investiram suas vidas na criação e na educação dos filhos; e foram altamente recompensados!
Foto 2 – José Amorim - alto funcionário do Banco Central, em São Paulo - desfrutando do prazer de cavalgar (num clube de hipismo do qual era sócio) em seu enorme “Redwood”,  o precioso instrumento do seu  lazer. Várias vezes tive a alegria de vê-lo praticando seu sport preferido, quando ele relembrava seus passeios a cavalo pelo interior do Piaui. A foto é de 1990. O saudoso Zeamorim, meu companheiro de juventude, tornou-se meu grande amigo, vindo - depois - a ser meu cunhado. Sorte da Sônia e das filhas do casal - Maria Edith e Ana Carlota - e dos filhos delas. Sempre admirei o zelo e o amor que ele dedicava à sua família. Homem de grande cultura, ele era respeitado pela competência, pela integridade e pela disciplina que o caracterizavam.
Foto 3 – A Carminha raramente andou a cavalo, mas andou muito de avião, em dezenas de viagens comigo no Brasil e no Exterior, apesar de não gostar de voar. Ela sempre soube apoiar as iniciativas, suavizar os insucessos e compartilhar os sucessos do marido empresário. Hoje já desfrutamos da velhice, felizes com a certeza  de que o tempo voa e com ele a vida terrena passa, mas que, com Jesus Cristo, Deus dá vida na eternidade. Enquanto não chega o dia final de um de nós dois, vamos colhendo os frutos do amor que plantamos - através da maravilhosa família com que fomos agraciados.

        As fotos desta seleção foram colhidas dentre centenas de outras, com a intenção de proporcionar a quem se interessar pelo assunto, uma amostra das diversas fases das vidas dos atuais remanescentes de Celso e Marie.

        Como todo mundo envelhece, todo dia, tomo a liberdade de dar um conselho aos meus descendentes e aos internautas que me prestigiarem com a leitura deste modesto blog: procurem obedecer a Deus e conhecer os ensinamentos de Jesus Cristo – o único mediador credenciado entre Ele e os homens.

Fortaleza,14 de Março de 2017
162º aniversário de nascimento de James Frederick Clark, meu avô – falecido em 1928 mas sempre lembrado.

James Kelso Clark Nunes – Jimmy               jkc.nunes@gmail.com                riquezasdevidaweb.blogspot.com.br

4 comentários:

  1. Parabéns pela iniciativa de postar essas fotos e histórias de família. Adorei ler as suas reflexões.

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  2. Querido James, que bela iniciativa escrever e compartilhar pensamentos e experiências de vida. Ainda mais com tão belas fotos.
    Parabéns!!! Paola Tôrres

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  3. Parabéns por compartilhar sua história de vida!!! Imagino a gratidão de seus familiares poderem relembrar momentos da época. Imagino a felicidade de suas filhas poderem ler sobre a sua vida e o que se passou... Simplesmente tem que agradecer a Deus! E viver!!!Parabéns pelo dom da escrita!!!
    Marilia

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  4. Tio Jimmy que legal esse blog!! Bjs da Helena filha do Fernando Clark Nunes

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