Floresta de árvores genealógicas;
Brasil e Inglaterra;
Conclusão
Elos de amor unindo gerações
A primeira das inúmeras bênçãos que tenho
recebido de Deus veio em dose dupla quando nasci, pois foi num dia (9 de Novembro
de 1927) em que a família festejava dois
aniversários - o natalício de minha avó e o do noivado (em 1919) de meus pais.
Por
outro lado, antes de eu completar um ano de idade a família foi atingida por
uma grande perda - a morte de meu avô materno. Vovó Magdá, viúva, tinha o apoio
de uma bondosa irmã que não casou e já
residia em sua casa; era a Titia (Flora) que
se dedicava totalmente à irmã e seus familiares. Enquanto criança, diversas
vezes fiquei hóspede de ambas e frequentemente acompanhei Mamãe em visitas a elas;
como adolescente, era com alegria que eu ia espontaneamente usufruir da
agradável companhia das mesmas, cujo interesse e carinho me cativavam.
Quando
eu e Vovó, em nossos aniversários, dávamos parabéns um ao outro, ela dizia que
nós éramos “Alfa e Ômega” - a primeira e a última letras do alfabeto grego. O
último ano em que tive tal felicidade foi o de 1945, quando completei meus 18.
No ano seguinte isso só ocorreu em pensamento, pois eu estava estudando no
Exterior; e três meses depois, em 17 de Fevereiro de 1947, ela faleceu...!
Tudo
que pude ver e tocar relativamente ao lamentável fato foram dois telegramas
procedentes do Brasil e recebidos na América: um de meu pai e outro da
Carminha, ele comunicando a morte da Vovó e ela enviando pêsames ao namorado. Aquele
instante ficou congelado em minha mente: fiquei parado olhando para a neve que
caía em Flint enquanto a mente voou para Parnaíba - onde estavam as únicas
pessoas cujo amor poderia amenizar a dor que invadiu meu coração.
70 anos
já distanciam de 2016 o ano em que vi e beijei minha avó pela última vez, mas
para mim é como se fossem 70 dias, tal a intensidade da recordação. O otimismo,
o entusiasmo e a alegria dos dias e horas que antecederam minha viagem para
passar um ano nos Estados Unidos bloquearam qualquer pensamento negativo,
inclusive a possibilidade do falecimento, enquanto eu estivesse fora, da
querida vovó Magdá.
Refletindo hoje sobre o assunto, vejo que ela mesma, ainda mais jovem do
que eu, experimentou algo semelhante
porém muito mais doloroso. Como já mencionei antes, ela ficou órfã de pai e mãe
enquanto estudava na Inglaterra. Com certeza ela nem poderia ter imaginado que
o instante de sua despedida dos pais ao viajar para tão longe seria a última
vez em que os veria...!
Antes
das lamentáveis ocorrências, sua mãe escreveu-lhe uma carta pelo seu aniversário
(9 de Novembro) no longínquo ano de 1868. Essa carta foi guardada como relíquia
por ela enquanto viveu; e assim permaneceu com Mamãe, tendo depois passado para
minha irmã Sônia (cujo casamento ocorreu em um dia 9 de Novembro). Transcrevo adiante as palavras que D. Feliciana Matilde
Gonçalves Castello Branco deixou fluir do coração para duas folhas de papel
primorosamente manuscritas:
“Minha prezada filha,
Como poderei manifestar-te os sentimentos que enchem
hoje o meu coração?! Saudades, este vocábulo que tantas vezes é empregado para
exprimir a angustia que nos oprime quando estamos ausentes de quem amamos,
parece que não pode representar o que me vai n’alma. Um mixto de saudades, de
satisfação, de ternura infinitas, acompanhada de grande reconhecimento da
bondade de Deus; eis o que experimento!...
É que hoje é o teu anniversario natalício; e quando
penso que a tantos anos, justamente n’este dia abençoado eu te contemplava em
um berço a dormir como um cherubim côr de rosa, e com esse acrisolado amor, que
só as mães podem comprehender, já pensava em teu futuro, e te revia moça como
és hoje, sinto-me satisfeita por ver realizado este sonho querido da minha
vida!... Desejo ardentemente abraçar-te
e me consideraria muito feliz se ao menos te pudesse ver! Choro, porem não
desespero porque este afastamento é necessário. Desejo que te eduques para que
te tornes tão bela no moral como és no físico para tua mãe; pois a verdadeira
belleza da moça consiste, minha filha, no seu aperfeiçoamento moral. Os dotes
da fortuna não se podem comparar com as que dão a perfeita educação na virtude.
Sê pois bôa e sensata em extremo, e pagarás assim o sacrifício de tua mãe que
mais tarde comprehenderás quanto é grande.
A Divina Providência a quem te recomendo todos os
momentos, te ampare em todas as particularidades de tua vida de collegio, para
que sintas o menos possível a falta de tua mãe.
Que as auras de felicidades te bafegem n’este dia
querido e o anjo da paz e da pureza te cubram com as suas azas imaculadas.” 9 de Novembro de 1868.
Sinto-me constrangido em revelar, depois de 148
anos, tal intimidade de uma dama merecedora de respeito e admiração, mas creio
que ela haveria de “comprehender” o nobre motivo que me impele a divulgar seus
pensamentos: tirá-los do baú da antiguidade e fazê-los navegar pela moderna
rede mundial da internet - na esperança de poder beneficiar alguma leitora com
um lindo exemplo legado por minha bisavó.
Por
associação de ideias, imagino a alegria que minha avó, já idosa, proporcionava
a filhos ausentes, escrevendo-lhes cartas e respondendo as que deles recebia.
Ela ficou cega em consequência de acidente pós-operatório de catarata, mas isso
não a impedia de manter o fluxo de correspondência com familiares. Muitas vezes
tive o privilégio de ler e reler, para ela, cartas que lhe enviaram, e de
escrever as respostas que ela me ditava, as quais ela fazia questão de assinar
no final.
Os
restos mortais de James e Magdá encontram-se em Parnaíba, no “Cemitério da
Igualdade”, em túmulos vizinhos - um
obelisco construído em 1928 com pedras inglesas do Lake District, importadas
para serem a “última morada” de Vovô; e um mausoléu feito em 1947 com pedras
vindas de Oeiras, para a Vovó. Ao lado deles um terceiro foi construído em
1971, para o primogênito deles, meu tio Freddie. Foi feito com pedras da
própria região, para o parnaibano que viveu em diversos países mas escolheu
para morrer a terra onde nasceu, coerente com seu pensamento segundo o qual os nomes
das duas melhores cidades do mundo iniciam com a mesma sílaba - Paris e
Parnaíba.
Sou muito
agradecido a Deus pelo privilégio que me foi concedido de nascer num dia que
assinalava o aniversário de noivado de meus pais e o natalício de Vovó - três
pessoas inesquecíveis que muito me amaram e a quem muito amei. É com perenes
saudades que cultivo a memória de cada um e valorizo os belos exemplos que me
legaram - inestimáveis riquezas de vida...!
No meu modesto
entendimento, as mães agem como elos de amor unindo gerações.
Escolhi quatro admiráveis mulheres para, em
seus nomes, homenagear todas as mães que foram ou são verdadeiros elos de amor
unindo as gerações que se sucederam e continuarão se sucedendo no contexto da
saga descrita neste artigo:
Ana Gonçalves Castelo Branco Clark - Magdá - minha avó;
Maria Castelo Branco Clark Nunes - Marie - minha mãe;
Maria Marques de Moraes Correia - Maria - minha sogra; e
Maria do Carmo Correia Clark Nunes - Carminha - minha esposa.
As fotos mostram
minha saudosa mãe - Maria Castelo Branco Clark Nunes (Marie) - com seus pais e
irmãos:
1ª - em 1919, com
os pais (James Frederick Clark e Magdá), quando noiva;
2ª - em 1946, em
torno de sua mãe, com sua única irmã, Flora (Florrie), e os irmãos (da esq.
para a dir.) Septimus (Seppie), Oscar, Frederico (Freddie) e Antônio (Tó). O
local é a residência da família (na Casa Ingleza), onde eles foram criados. Na
época a Vovó morava no 1º andar e o tio Seppie no 2º, com a esposa e os dois
filhos. Obs.: Vovó era viúva desde
2.9.1928 e faleceu em 17.2.1947.
Ao escrever sobre
eles em 2016, com saudades, rendo minha comovida homenagem a todos.
Foto de 1963 em
Fortaleza: CELSO e MARIE entre os seis filhos (da esq. para a direita) Célia
Maria, James Kelso (Jimmy), Maria Madalena (Ena), Frederico (Fred), Maria Sônia
e Reginaldo Aloísio (Reggie).
Obs.: Em 2016 só
três prosseguem usufruindo da vida terrena (pela ordem de idades): Ena, Sônia e
Jimmy.
Abro um
parêntese: A morte de Mamãe (aos 90 anos,
em 19.5.1989) deixou Papai sofrendo muito a falta dela... ao longo de quatro
anos, quando ele também seguiu o mesmo caminho (aos 97 anos, em 18.6.1993). Fecho o parêntese.
A foto mostra o casal Alberto de Moraes Correia e
Maria com as filhas Maria do Carmo (Carminha), Maria de Jesus e Maria Tereza
(gêmeas) e o filho Carlos Alberto, e o genro - James Kelso Clark Nunes (Jimmy)
- em 29.10.1949. Nesse dia eu e Carminha
plantamos nossa árvore genealógica, quando entrei na família de seus
ascendentes e ela entrou na dos meus. Fomos
abençoados com preciosos descendentes que naquele dia ainda eram inexistentes.
Todos eram desconhecidos para nós, mas não para o grandioso Deus Triúno - Pai,
Filho e Espírito Santo - que estava e está no controle de tudo, para muito além
de nossa imaginação. Por isso, a Ele somos imensamente agradecidos.
Sem o registro deste reconhecimento ficaria
incompleta e inexplicável a saga cujo resumo é o objeto desta história. Ao
escrevê-la, sinto-me feliz em fazer parte de uma árvore que foi plantada e tem
sido cultivada com muito amor.
Dela nasceram outras seis, plantadas por
três rapazes (Jimmy Junior, Mauro e Kelso) e três moças (Carmen, Mônica e
Ivana) da família Correia Clark Nunes. Eles se uniram a cônjuges que descendem
de seis outras famílias, cada qual constituída de um rapaz e moça de sobrenomes
diferentes que nasceram nas famílias de seus pais e avós paternos e maternos.
Que linda floresta genealógica...!
Em 29.10.2009,
comemorando 60 anos de casados, JIMMY e CARMINHA entre os seis casais (da esq.
para a direita) Ivana e Roriz, Kelso e Karen, Mônica e Sérgio, James Jr. e
Valéria, Carmen e Bruno, Mauro e Sandra.
Os primeiros
nomes são filhos e filhas, acompanhados dos nomes dos respectivos cônjuges. Ao
todo eles são os 12 filhos com que Deus consolidou e aumentou a felicidade do
casal das Bodas de Diamante.
Floresta de árvores genealógicas
Meu pai valorizava
tanto os seus antepassados como os seus descendentes, cujos nomes ele escrevia
nos galhos e ramos de uma árvore por ele desenhada.
Ele
gostava de testar alguns amigos perguntando-lhes os nomes de seus bisavós ou,
se não soubessem, os dos avós paternos e maternos. Aos que sabiam ele
perguntava quais as atividades que marcaram suas vidas. Conforme o caso, ele
prosseguia e lhes pedia que contassem vitórias ou derrotas que eles experimentaram
em suas vidas.
O
resultado era triste, pois a maioria ignorava quase tudo sobre seus
antepassados. Aos amigos que gostavam da brincadeira e não se ofendiam com a
revelação de seu desconhecimento sobre suas origens, ele terminava afirmando que
nós não valemos nada, pois nossos descendentes não sabem ou não saberão nem
nossos nomes, quanto mais as lutas que tivemos de enfrentar para criar os pais
e os avós deles...!
Papai
faleceu em 1993. Quando seu corpo ainda estava sendo velado, o escritor e
bibliófilo José Augusto Bezerra me emocionou ao revelar que daria o nome de
Celso Nunes à medalha que seria instituída no distrito para homenagear pessoas
que prestaram relevantes serviços às comunidades. Faltavam duas semanas para ele
assumir a função de Governador do Rotary no distrito que abrange os clubes dos
Estados do Ceará, Piauí e Maranhão. Seu plano foi realizado. Dez meses depois,
o primeiro a receber tal honraria foi o Governador do Estado do Ceará - Ciro
Gomes - em 1994. Nas duas décadas subsequentes os Governadores do Rotary, em
suas Conferências Distritais, outorgaram uma “Medalha Celso Nunes do Mérito Rotário”
a quem uma comissão de ex-governadores considerou merecedor
de tal distinção.
Em
2001 eu e Carminha fomos surpreendidos com um delicado presente enviado por aquele
dileto amigo - um artigo que é uma
analogia de rara beleza. Para mim ele é comovente, pela referência ao meu pai.
Para quem não o conhecia, a genialidade do escritor poderá proporcionar uma
leitura agradável. Transcrevo-o a seguir:
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O VELHO ROCHEDO
Mensagem existencial de
coragem e de amor
José
Augusto Bezerra
“Dizem
que havia um velho rochedo na antiga região do Egito, na Ilha de Pharos. Era
uma fortaleza natural, cheia de lendas, que nem o tempo, nem o vento, nem o mar
conseguiram remover ou destruir.
Naquele lugar, atendendo ao desejo de
Alexandre o Grande, seu General mais fiel, Ptolomeu, em homenagem ao rochedo de
Pharos, construiu o primeiro Pharol de que se tem notícia. Tão alto e tão belo,
com tanto capricho e com tal arte, que foi considerado “uma das sete maravilhas
do mundo antigo”.
Todo em mármore fino, altura de um prédio de
quarenta andares, detalhes em ouro puro, o “Farol de Alexandria” durante
séculos foi um ponto importante de referência. Era o guardião da grande
biblioteca de Alexandria. Seu brilho e sua luz orientavam nas noites escuras em
meio a borrascas e tempestades. Mesmo durante o dia e com o tempo bom, os
nautas e os guerreiros procuravam passar próximos para vê-lo. Era sinal de
boa sorte e de que estavam no caminho certo.
Certa manhã, após séculos de trabalho
ininterrupto, aconteceu um terromoto e, simplesmente, desapareceu por vontade
de Deus. Sua lenda, sua glória,
entretanto, não se foram. A luz que derramou não foi em vão!
Essas imagens ocorrem-me à mente quando me
lembro de Celso Nunes.
Tinha
a cor do mar dentro dos olhos e, tal qual o oceano, que mantém a calma nas
águas profundas quando lá em cima estão revoltas, ele detinha a serenidade
interior mesmo nas situações mais difíceis.
Viera de Oeiras, uma bucólica e linda
cidade, encravada no coração do Piauí, a qual, ainda hoje, parece ter ficado
parada no tempo e no espaço, como se fora um cartão postal, preservado no
silêncio das suas tardes, nas sombras das suas árvores, no canto dos seus
pássaros, nas linhas da sua igreja matriz, na generosidade do seu povo e na
história dos seus casarões.
Viveu como o rochedo que nada teme e de
cujas entranhas brota o farol generoso que ilumina todos, amigos e não amigos.
Derramava luz ao longe, porquanto pude vê-lo aos 96 anos proferindo palestras
em um clube de Rotary. Com quase um século ainda mantinha o espírito jovem.
Dirigia seu próprio carro e participava de encontros sociais e intelectuais
regularmente. Usava terno elegante e gostava de conversar, principalmente sobre
bons livros e sobre os ensinamentos da vida.
Ver o Celso era sinal de sorte e de
prazer. Receber sua aprovação era sinal de caminho certo.
Um dia aquele monumento vivo, por vontade de
Deus, também simplesmente desapareceu. E tal qual os novos faróis que vieram
depois do da Ilha de Pharos, como se fora sementes de seu exemplo, o
companheiro e mestre Celso também deixou uma família que possui muito das suas
virtudes, incluindo um filho que tornou-se Governador do Rotary e que dá
continuidade ao sonho conjunto do seu pai e de Paul Harris.
Celso Nunes, tal qual o velho farol, foi
transformado em efígie e colocado numa medalha para que as novas gerações não
viessem a esquecer de uma das “maravilhas do mundo rotário”. Não viessem a
esquecer de um rochedo cujas ondas que nele batiam espalhavam-se no ar e seus
respingos formavam estranhos desenhos. Eram hieróglifos, iguais aos do antigo
Egito. Ao serem decifrados por corações amigos podia-se ver, gota a gota, uma
longa mensagem existencial de coragem e de amor.”
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Muitas
são as árvores do passado e do presente e muitas serão as do futuro - com nomes
escritos nos galhos e folhas representativos de cada ser humano que fez ou faz
parte de uma das árvores da “floresta” genealógica que abrange o período
focalizado neste artigo.
Numa imaginária visão panorâmica eu veria - plantando
uma árvore ao se unirem em casamento
- um rapaz (James Frederick) da família Clark e uma moça (Magdá) da família
Gonçalves Castello Branco; um rapaz (Celso) da família Moura Nunes e uma moça
(Marie) da família Castelo Branco Clark; um rapaz (Jimmy) da família Clark
Nunes e uma moça (Carminha) da família Marques de Moraes Correia.
Só desta
última nasceram mais seis árvores, plantadas pelos filhos (de sobrenome Correia
Clark Nunes) que se uniram a três rapazes e três moças que são frutos de casais
procedentes de outras famílias - todas cumprindo os propósitos de Deus para a
sucessão das gerações.
A foto ao lado registra o feliz momento em que três gerações - pai, filho e neto - compartilham o prazer de apreciar as obras da construção da nova sede da Igreja Batista Luz do Mundo. A iniciativa do Mauro e do Mauro Jr. me levando para vê-las foi o primeiro presente que recebi no dia 9.11.2016 - meu 89º aniversário.
Haja gratidão a Deus por tudo o que isso representa...!
Brasil e Inglaterra
O tempo continuou
voando e eis que uma de minhas netas, Sara, fixou residência em Cambridge,
Inglaterra, onde se casou com o Dr. Francisco Eduardo Dias. Ela é cearense e
ele é paulista, filho de pai português e mãe brasileira.
Em
2014, aproveitando uma viagem à Escócia, eles tiveram a ideia de incluir
Keswick no roteiro, levando um livro “Compartilhando Riquezas de Vida” (de
minha autoria) para ser fotografado em “Friar’s Crag”, tendo ao fundo a árvore
que simbolicamente é aquela cujo tronco ostentava as letras de meu avô - JFC.
Mais
emocionante do que o lindo gesto e mais delicada do que a foto é a mensagem via
e-mail que me enviaram de lá.
Dois anos depois, o querido casal foi abençoado com a chegada de seu primogênito, nascido no dia 20 de Abril deste ano, em Cambridge. A foto dele (aos quatro meses) mostra o mais novo descendente de James Frederick Clark, que nasceu em 1855 em Keswick e veio em 1869 para Parnaíba, onde lhe nasceram os filhos, inclusive Marie, minha saudosa mãe, que era avó de minha filha Mônica, que é mãe da Sara e avó do Davi.
O nascimento, na Inglaterra, de um descendente
do jovem que de lá foi transplantado para cá, enriquece muito a história que
estou a escrever, pois lembra também a jovem que - para estudar - foi daqui
para lá e voltou, tendo os dois constituído, no Piauí, a família Castello
Branco Clark. As ramificações dela
incluem os Clark Nunes, de cujas novas gerações surgiram outras famílias,
inclusive a do Sérgio Montenegro Cavalcante (avô materno) e a do casal Sara e
Eduardo, pais do DAVI CLARK CAVALCANTE DIAS.
Conclusão
Transcrevo a seguir um trecho da Bíblia (Jl 1.2-3) contendo uma
determinação dada pelo SENHOR - há aproximadamente 3.000 anos - a um servo
(Joel, filho de Petuel): "Ouvi isto,
vós, velhos, e escutai, todos os habitantes da terra: Aconteceu isto em vossos
dias? Ou nos dias de vossos pais? Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos
o façam a seus filhos, e os filhos destes à outra geração".
Estou concluindo uma
simples narrativa que abrange fatos ocorridos há muito tempo com pessoas da
família da qual tenho a honra de ser um simples ramo de um simples galho de uma
antiga árvore genealógica.
Como citei
no início, os nascimentos ocorridos na Inglaterra em 1855 e em 2016 estão
ligados por um que ocorreu no Brasil em 1927 - o meu, num aniversário de vovó Magdá,
esposa do vovô James Frederick Clark - estando os três inseridos no contexto
dos já acumulados 161 anos da
referida saga internacional.
_____________________________________________________
HOMENAGEM AOS BISNETOS DE MEUS AVÓS E NETOS DE
MEUS PAIS - QUE HONRAM NOSSOS ANTEPASSADOS
_____________________________________________________
Bisnetos dos casais
Deolindo Augusto Pereira Nunes - Elisa Rosa de Moura Nunes
e
James Frederick Clark-Ana (Magdá) Castelo Branco Clark
Netos do casal
Celso Augusto deMoura Nunes – Marie C. B. Clark Nunes
Sheyla e Fernando
Filhos do
casal
MADALENA
(ENA) e RAIMUNDO MENDES DE CARVALHO
Frederico, José, Celso Augusto Neto, Maria, Raimundo Filho, Ena,
Flora, Tadeu,
Marco Antônio (falecido), Eliana e Catarina
Filhos do
casal
MARIA SÔNIA e JOSÉ AMORIM RÊGO
MARIA SÔNIA e JOSÉ AMORIM RÊGO
Maria Edith e Ana Carlota
Filhos do casal
JAMES KELSO (JIMMY) e CARMINHA
Jimmy Junior, Mauro, Carmen,
Mônica, Ivana e Kelso
FIM
POSFÁCIO
DEDICATÓRIA
Com muita
gratidão, dedico ao grandioso Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - este simples
artigo, que, apesar de tão insignificante, revela Seu poder, Seu amor e Sua
misericórdia operando em minha vida.
OFERECIMENTO
Ofereço à
Carminha e a todos os nossos descendentes o modesto trabalho que me foi
possível escrever e ilustrar para eles conhecerem alguns aspectos das épocas e
das atividades que marcaram minha vida e as de alguns de meus ascendentes e
familiares - que são deles também.
HOMENAGEM
A todos os
meus antepassados presto minha afetuosa homenagem póstuma.
RECONHECIMENTO
Há quase
trinta anos um amigo me aconselhou a escrever um livro sobre a saga da família
Clark. Recusei o conselho mas a ideia ficou plantada. Finalmente ela germinou
ao nascer um bisneto meu na terra em que nasceu meu avô James.
Em 2014 foi
lançado meu livro “Compartilhando Riquezas de Vida”; há meses outro
amigo me aconselhou a prosseguir escrevendo
- através da Internet, num blog.
Recusei o conselho mas a ideia em pouco
tempo veio a germinar.
Agora em 2016,
em Maio, a 1ª postagem no blog equivale ao 1º capítulo de meu segundo e último
livro; outros capítulos foram sendo postados, tornando-se disponíveis aos
internautas interessados em ler o que escrevi e apreciar as fotos que escolhi
para lhes oferecer.
O primeiro
amigo citado é o jornalista Rangel Cavalcante, de saudosa memória. O segundo é
o pastor José Wadson Valente, que me estimula através de sua inestimável
assessoria na complexa área da informática.
A esses dois
amigos deixo aqui registrado meu sincero reconhecimento.
SAGA E BLOG
Enquanto Deus
me motivar e conceder “mente sã em corpo são”, irei acrescentando novos
capítulos ao blog “Compartilhando Riquezas de Vida”.
O mais recente
é SAGA INTERNACIONAL, cujas seis partes são apenas uma pequena amostra do que
merece ser escrito a respeito dos descendentes do inglês que amava o Brasil e
da brasileira que amava a Inglaterra, e se amavam.
LEITORES
A todos os que
vierem a lê-lo, espero que percebam como o amor tem unido gerações em nossa
família, e que alguns dos belos exemplos nele citados possam lhes ser
benéficos, principalmente aos leitores das novas gerações.
Jimmy
Clark Nunes Fortaleza,
Dezembro de 2016 - 89 anos
_________________________________________________________________________________
SAGA INTERNACIONAL - 6 PARTES - SUMÁRIO
1/6 -
Saga internacional; Transplante; “Árvore do vovô”; Inglês que amava o Brasil e
brasileira que amava a Inglaterra; Dedicação e fidelidade premiadas; Entreposto
comercial na foz de um grande rio
2/6 -
Nomes, épocas e circunstâncias; Guerra no mundo...; Frederico no Japão - Embaixador do Brasil; Frederico outra vez na
França, agora como Embaixador
3/6 -
Submarinos x Aviões; Cooperação Brasil – USA; Paz e Esperança; Sonhos x
Realidade
4/6 -
Aviação - Parnaíba entre Nova York e Buenos Aires; Aviação - Panair e Celso
Nunes; Aviação - Na paz e na guerra; Aviação - Honra ao mérito e expansão
5/6 -
Negócios e Famílias - mudanças e bênçãos; Árvore comercial plantada por meu
pai -
há 80 anos; James Kelso no Rotary International
6/6 -
Elos de amor unindo gerações; Floresta de árvores genealógicas; Brasil e
Inglaterra; Conclusão
_________________________________________________________________________________
“O Senhor guarda a todos os que o amam;
porém os ímpios serão exterminados.” Salmo
145.20
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