segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

SAGA INTERNACIONAL - 6/6


TÓPICOS DESTA PARTE DO PRESENTE CAPÍTULO:
Elos de amor unindo gerações;
Floresta de árvores genealógicas;
Brasil e Inglaterra;
Conclusão




Elos de amor unindo gerações                                                                                                                              
   A primeira das inúmeras bênçãos que tenho recebido de Deus veio em dose dupla quando nasci, pois foi num dia (9 de Novembro de 1927) em que a família festejava  dois aniversários - o natalício de minha avó e o do noivado (em 1919) de meus pais.
   Por outro lado, antes de eu completar um ano de idade a família foi atingida por uma grande perda - a morte de meu avô materno. Vovó Magdá, viúva, tinha o apoio de uma  bondosa irmã que não casou e já residia em sua casa; era a Titia (Flora) que  se dedicava totalmente à irmã e seus familiares. Enquanto criança, diversas vezes fiquei hóspede de ambas e frequentemente acompanhei Mamãe em visitas a elas; como adolescente, era com alegria que eu ia espontaneamente usufruir da agradável companhia das mesmas, cujo interesse e carinho me cativavam. 
   Quando eu e Vovó, em nossos aniversários, dávamos parabéns um ao outro, ela dizia que nós éramos “Alfa e Ômega” - a primeira e a última letras do alfabeto grego. O último ano em que tive tal felicidade foi o de 1945, quando completei meus 18. No ano seguinte isso só ocorreu em pensamento, pois eu estava estudando no Exterior; e três meses depois, em 17 de Fevereiro de 1947, ela faleceu...!                     
   Tudo que pude ver e tocar relativamente ao lamentável fato foram dois telegramas procedentes do Brasil e recebidos na América: um de meu pai e outro da Carminha, ele comunicando a morte da Vovó e ela enviando pêsames ao namorado. Aquele instante ficou congelado em minha mente: fiquei parado olhando para a neve que caía em Flint enquanto a mente voou para Parnaíba - onde estavam as únicas pessoas cujo amor poderia amenizar a dor que invadiu meu coração.  
   70 anos já distanciam de 2016 o ano em que vi e beijei minha avó pela última vez, mas para mim é como se fossem 70 dias, tal a intensidade da recordação. O otimismo, o entusiasmo e a alegria dos dias e horas que antecederam minha viagem para passar um ano nos Estados Unidos bloquearam qualquer pensamento negativo, inclusive a possibilidade do falecimento, enquanto eu estivesse fora, da querida vovó Magdá. 
   Refletindo hoje sobre o assunto, vejo que ela mesma, ainda mais jovem do que eu,  experimentou algo semelhante porém muito mais doloroso. Como já mencionei antes, ela ficou órfã de pai e mãe enquanto estudava na Inglaterra. Com certeza ela nem poderia ter imaginado que o instante de sua despedida dos pais ao viajar para tão longe seria a última vez em que os veria...!
   Antes das lamentáveis ocorrências, sua mãe escreveu-lhe uma carta pelo seu aniversário (9 de Novembro) no longínquo ano de 1868. Essa carta foi guardada como relíquia por ela enquanto viveu; e assim permaneceu com Mamãe, tendo depois passado para minha irmã Sônia (cujo casamento ocorreu em um dia 9 de Novembro). Transcrevo adiante as palavras que D. Feliciana Matilde Gonçalves Castello Branco deixou fluir do coração para duas folhas de papel primorosamente manuscritas:                          
“Minha prezada filha,
Como poderei manifestar-te os sentimentos que enchem hoje o meu coração?! Saudades, este vocábulo que tantas vezes é empregado para exprimir a angustia que nos oprime quando estamos ausentes de quem amamos, parece que não pode representar o que me vai n’alma. Um mixto de saudades, de satisfação, de ternura infinitas, acompanhada de grande reconhecimento da bondade de Deus; eis o que experimento!...
É que hoje é o teu anniversario natalício; e quando penso que a tantos anos, justamente n’este dia abençoado eu te contemplava em um berço a dormir como um cherubim côr de rosa, e com esse acrisolado amor, que só as mães podem comprehender, já pensava em teu futuro, e te revia moça como és hoje, sinto-me satisfeita por ver realizado este sonho querido da minha vida!...   Desejo ardentemente abraçar-te e me consideraria muito feliz se ao menos te pudesse ver! Choro, porem não desespero porque este afastamento é necessário. Desejo que te eduques para que te tornes tão bela no moral como és no físico para tua mãe; pois a verdadeira belleza da moça consiste, minha filha, no seu aperfeiçoamento moral. Os dotes da fortuna não se podem comparar com as que dão a perfeita educação na virtude. Sê pois bôa e sensata em extremo, e pagarás assim o sacrifício de tua mãe que mais tarde comprehenderás quanto é grande.
A Divina Providência a quem te recomendo todos os momentos, te ampare em todas as particularidades de tua vida de collegio, para que sintas o menos possível a falta de tua mãe.
Que as auras de felicidades te bafegem n’este dia querido e o anjo da paz e da pureza te cubram com as suas azas imaculadas.”                     9 de Novembro de 1868.
   Sinto-me constrangido em revelar, depois de 148 anos, tal intimidade de uma dama merecedora de respeito e admiração, mas creio que ela haveria de “comprehender” o nobre motivo que me impele a divulgar seus pensamentos: tirá-los do baú da antiguidade e fazê-los navegar pela moderna rede mundial da internet - na esperança de poder beneficiar alguma leitora com um lindo exemplo legado por minha bisavó.      
   Por associação de ideias, imagino a alegria que minha avó, já idosa, proporcionava a filhos ausentes, escrevendo-lhes cartas e respondendo as que deles recebia. Ela ficou cega em consequência de acidente pós-operatório de catarata, mas isso não a impedia de manter o fluxo de correspondência com familiares. Muitas vezes tive o privilégio de ler e reler, para ela, cartas que lhe enviaram, e de escrever as respostas que ela me ditava, as quais ela fazia questão de assinar no final.
   Os restos mortais de James e Magdá encontram-se em Parnaíba, no “Cemitério da Igualdade”, em túmulos vizinhos -  um obelisco construído em 1928 com pedras inglesas do Lake District, importadas para serem a “última morada” de Vovô; e um mausoléu feito em 1947 com pedras vindas de Oeiras, para a Vovó. Ao lado deles um terceiro foi construído em 1971, para o primogênito deles, meu tio Freddie. Foi feito com pedras da própria região, para o parnaibano que viveu em diversos países mas escolheu para morrer a terra onde nasceu, coerente com seu pensamento segundo o qual os nomes das duas melhores cidades do mundo iniciam com a mesma sílaba - Paris e Parnaíba.   
   Sou muito agradecido a Deus pelo privilégio que me foi concedido de nascer num dia que assinalava o aniversário de noivado de meus pais e o natalício de Vovó - três pessoas inesquecíveis que muito me amaram e a quem muito amei. É com perenes saudades que cultivo a memória de cada um e valorizo os belos exemplos que me legaram - inestimáveis riquezas de vida...!
   No meu modesto entendimento, as mães agem como elos de amor unindo gerações.
Escolhi quatro admiráveis mulheres para, em seus nomes, homenagear todas as mães que foram ou são verdadeiros elos de amor unindo as gerações que se sucederam e continuarão se sucedendo no contexto da saga descrita neste artigo:
Ana Gonçalves Castelo Branco Clark - Magdá - minha avó;
Maria Castelo Branco Clark Nunes - Marie - minha mãe;
Maria Marques de Moraes Correia - Maria - minha sogra; e
Maria do Carmo Correia Clark Nunes - Carminha - minha esposa.
As fotos mostram minha saudosa mãe - Maria Castelo Branco Clark Nunes (Marie) - com seus pais e irmãos:
1ª - em 1919, com os pais (James Frederick Clark e Magdá), quando noiva;
2ª - em 1946, em torno de sua mãe, com sua única irmã, Flora (Florrie), e os irmãos (da esq. para a dir.) Septimus (Seppie), Oscar, Frederico (Freddie) e Antônio (Tó). O local é a residência da família (na Casa Ingleza), onde eles foram criados. Na época a Vovó morava no 1º andar e o tio Seppie no 2º, com a esposa e os dois filhos.  Obs.: Vovó era viúva desde 2.9.1928 e faleceu em 17.2.1947.
Ao escrever sobre eles em 2016, com saudades, rendo minha comovida homenagem a todos.

Foto de 1963 em Fortaleza: CELSO e MARIE entre os seis filhos (da esq. para a direita) Célia Maria, James Kelso (Jimmy), Maria Madalena (Ena), Frederico (Fred), Maria Sônia e Reginaldo Aloísio (Reggie).
Obs.: Em 2016 só três prosseguem usufruindo da vida terrena (pela ordem de idades): Ena, Sônia e Jimmy.

Abro um parêntese: A morte de Mamãe (aos 90 anos, em 19.5.1989) deixou Papai sofrendo muito a falta dela... ao longo de quatro anos, quando ele também seguiu o mesmo caminho (aos 97 anos, em 18.6.1993).    Fecho o parêntese.
   A foto mostra o casal Alberto de Moraes Correia e Maria com as filhas Maria do Carmo (Carminha), Maria de Jesus e Maria Tereza (gêmeas) e o filho Carlos Alberto, e o genro - James Kelso Clark Nunes (Jimmy) -  em 29.10.1949. Nesse dia eu e Carminha plantamos nossa árvore genealógica, quando entrei na família de seus ascendentes e ela entrou na dos meus.  Fomos abençoados com preciosos descendentes que naquele dia ainda eram inexistentes. Todos eram desconhecidos para nós, mas não para o grandioso Deus Triúno - Pai, Filho e Espírito Santo - que estava e está no controle de tudo, para muito além de nossa imaginação. Por isso, a Ele somos imensamente agradecidos.
   Sem o registro deste reconhecimento ficaria incompleta e inexplicável a saga cujo resumo é o objeto desta história. Ao escrevê-la, sinto-me feliz em fazer parte de uma árvore que foi plantada e tem sido cultivada com muito amor.
   Dela nasceram outras seis, plantadas por três rapazes (Jimmy Junior, Mauro e Kelso) e três moças (Carmen, Mônica e Ivana) da família Correia Clark Nunes. Eles se uniram a cônjuges que descendem de seis outras famílias, cada qual constituída de um rapaz e moça de sobrenomes diferentes que nasceram nas famílias de seus pais e avós paternos e maternos. Que linda floresta genealógica...!
Em 29.10.2009, comemorando 60 anos de casados, JIMMY e CARMINHA entre os seis casais (da esq. para a direita) Ivana e Roriz, Kelso e Karen, Mônica e Sérgio, James Jr. e Valéria, Carmen e Bruno, Mauro e Sandra.
Os primeiros nomes são filhos e filhas, acompanhados dos nomes dos respectivos cônjuges. Ao todo eles são os 12 filhos com que Deus consolidou e aumentou a felicidade do casal das Bodas de Diamante

Floresta de árvores genealógicas
   Meu pai valorizava tanto os seus antepassados como os seus descendentes, cujos nomes ele escrevia nos galhos e ramos de uma árvore por ele desenhada.
   Ele gostava de testar alguns amigos perguntando-lhes os nomes de seus bisavós ou, se não soubessem, os dos avós paternos e maternos. Aos que sabiam ele perguntava quais as atividades que marcaram suas vidas. Conforme o caso, ele prosseguia e lhes pedia que contassem vitórias ou derrotas que eles experimentaram em suas vidas.
   O resultado era triste, pois a maioria ignorava quase tudo sobre seus antepassados. Aos amigos que gostavam da brincadeira e não se ofendiam com a revelação de seu desconhecimento sobre suas origens, ele terminava afirmando que nós não valemos nada, pois nossos descendentes não sabem ou não saberão nem nossos nomes, quanto mais as lutas que tivemos de enfrentar para criar os pais e os avós deles...!
    Papai faleceu em 1993. Quando seu corpo ainda estava sendo velado, o escritor e bibliófilo José Augusto Bezerra me emocionou ao revelar que daria o nome de Celso Nunes à medalha que seria instituída no distrito para homenagear pessoas que prestaram relevantes serviços às comunidades. Faltavam duas semanas para ele assumir a função de Governador do Rotary no distrito que abrange os clubes dos Estados do Ceará, Piauí e Maranhão. Seu plano foi realizado. Dez meses depois, o primeiro a receber tal honraria foi o Governador do Estado do Ceará - Ciro Gomes - em 1994. Nas duas décadas subsequentes os Governadores do Rotary, em suas Conferências Distritais, outorgaram uma “Medalha Celso Nunes do Mérito Rotário” a  quem  uma comissão de ex-governadores considerou merecedor de tal distinção.
   Em 2001 eu e Carminha fomos surpreendidos com um delicado presente enviado por aquele dileto amigo -  um artigo que é uma analogia de rara beleza. Para mim ele é comovente, pela referência ao meu pai. Para quem não o conhecia, a genialidade do escritor poderá proporcionar uma leitura agradável. Transcrevo-o a seguir:
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O VELHO ROCHEDO
Mensagem existencial de coragem e de amor
José Augusto Bezerra

   “Dizem que havia um velho rochedo na antiga região do Egito, na Ilha de Pharos. Era uma fortaleza natural, cheia de lendas, que nem o tempo, nem o vento, nem o mar conseguiram remover ou destruir.
   Naquele lugar, atendendo ao desejo de Alexandre o Grande, seu General mais fiel, Ptolomeu, em homenagem ao rochedo de Pharos, construiu o primeiro Pharol de que se tem notícia. Tão alto e tão belo, com tanto capricho e com tal arte, que foi considerado “uma das sete maravilhas do mundo antigo”.
   Todo em mármore fino, altura de um prédio de quarenta andares, detalhes em ouro puro, o “Farol de Alexandria” durante séculos foi um ponto importante de referência. Era o guardião da grande biblioteca de Alexandria. Seu brilho e sua luz orientavam nas noites escuras em meio a borrascas e tempestades. Mesmo durante o dia e com o tempo bom, os nautas e os guerreiros procuravam passar próximos para vê-lo. Era sinal de boa sorte e de que estavam no caminho certo.
   Certa manhã, após séculos de trabalho ininterrupto, aconteceu um terromoto e, simplesmente, desapareceu por vontade de Deus. Sua lenda, sua glória,  entretanto, não se foram. A luz que derramou não foi em vão!
   Essas imagens ocorrem-me à mente quando me lembro de Celso Nunes.
Tinha a cor do mar dentro dos olhos e, tal qual o oceano, que mantém a calma nas águas profundas quando lá em cima estão revoltas, ele detinha a serenidade interior mesmo nas situações mais difíceis.
   Viera de Oeiras, uma bucólica e linda cidade, encravada no coração do Piauí, a qual, ainda hoje, parece ter ficado parada no tempo e no espaço, como se fora um cartão postal, preservado no silêncio das suas tardes, nas sombras das suas árvores, no canto dos seus pássaros, nas linhas da sua igreja matriz, na generosidade do seu povo e na história dos seus casarões.
   Viveu como o rochedo que nada teme e de cujas entranhas brota o farol generoso que ilumina todos, amigos e não amigos. Derramava luz ao longe, porquanto pude vê-lo aos 96 anos proferindo palestras em um clube de Rotary. Com quase um século ainda mantinha o espírito jovem. Dirigia seu próprio carro e participava de encontros sociais e intelectuais regularmente. Usava terno elegante e gostava de conversar, principalmente sobre bons livros e sobre os ensinamentos da vida.
   Ver o Celso era sinal de sorte e de prazer. Receber sua aprovação era sinal de caminho certo.
   Um dia aquele monumento vivo, por vontade de Deus, também simplesmente desapareceu. E tal qual os novos faróis que vieram depois do da Ilha de Pharos, como se fora sementes de seu exemplo, o companheiro e mestre Celso também deixou uma família que possui muito das suas virtudes, incluindo um filho que tornou-se Governador do Rotary e que dá continuidade ao sonho conjunto do seu pai e de Paul Harris.
   Celso Nunes, tal qual o velho farol, foi transformado em efígie e colocado numa medalha para que as novas gerações não viessem a esquecer de uma das “maravilhas do mundo rotário”. Não viessem a esquecer de um rochedo cujas ondas que nele batiam espalhavam-se no ar e seus respingos formavam estranhos desenhos. Eram hieróglifos, iguais aos do antigo Egito. Ao serem decifrados por corações amigos podia-se ver, gota a gota, uma longa mensagem existencial de coragem e de amor.”
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   Muitas são as árvores do passado e do presente e muitas serão as do futuro - com nomes escritos nos galhos e folhas representativos de cada ser humano que fez ou faz parte de uma das árvores da “floresta” genealógica que abrange o período focalizado neste artigo.
   Numa imaginária visão panorâmica eu veria - plantando uma árvore ao se unirem  em casamento - um rapaz (James Frederick) da família Clark e uma moça (Magdá) da família Gonçalves Castello Branco; um rapaz (Celso) da família Moura Nunes e uma moça (Marie) da família Castelo Branco Clark; um rapaz (Jimmy) da família Clark Nunes e uma moça (Carminha) da família Marques de Moraes Correia.
   Só desta última nasceram mais seis árvores, plantadas pelos filhos (de sobrenome Correia Clark Nunes) que se uniram a três rapazes e três moças que são frutos de casais procedentes de outras famílias - todas cumprindo os propósitos de Deus para a sucessão das gerações.

A foto ao lado registra o feliz momento em que três gerações - pai, filho e neto - compartilham o prazer de apreciar as obras da construção da nova sede da Igreja Batista Luz do Mundo. A iniciativa do Mauro e do Mauro Jr. me levando para vê-las foi o primeiro presente que recebi no dia 9.11.2016 - meu 89º aniversário.
Haja gratidão a Deus por tudo o que isso representa...!



Brasil e Inglaterra
   O tempo continuou voando e eis que uma de minhas netas, Sara, fixou residência em Cambridge, Inglaterra, onde se casou com o Dr. Francisco Eduardo Dias. Ela é cearense e ele é paulista, filho de pai português e mãe brasileira.
   Em 2014, aproveitando uma viagem à Escócia, eles tiveram a ideia de incluir Keswick no roteiro, levando um livro “Compartilhando Riquezas de Vida” (de minha autoria) para ser fotografado em “Friar’s Crag”, tendo ao fundo a árvore que simbolicamente é aquela cujo tronco ostentava as letras de meu avô - JFC.
   Mais emocionante do que o lindo gesto e mais delicada do que a foto é a mensagem via e-mail que me enviaram de lá.



Dois anos depois, o querido casal foi abençoado com a chegada de seu primogênito, nascido no dia 20 de Abril deste ano, em Cambridge. A foto dele (aos quatro meses) mostra o mais novo descendente de James Frederick Clark, que nasceu em 1855 em Keswick e veio em 1869 para Parnaíba, onde lhe nasceram os filhos, inclusive Marie, minha saudosa mãe, que era avó de minha filha Mônica, que é mãe da Sara e avó do Davi.
O nascimento, na Inglaterra, de um descendente do jovem que de lá foi transplantado para cá, enriquece muito a história que estou a escrever, pois lembra também a jovem que - para estudar - foi daqui para lá e voltou, tendo os dois constituído, no Piauí, a família Castello Branco Clark.   As ramificações dela incluem os Clark Nunes, de cujas novas gerações surgiram outras famílias, inclusive a do Sérgio Montenegro Cavalcante (avô materno) e a do casal Sara e Eduardo, pais do DAVI CLARK CAVALCANTE DIAS.

Conclusão
   Transcrevo a seguir um trecho da Bíblia (Jl 1.2-3) contendo uma determinação dada pelo SENHOR - há aproximadamente 3.000 anos - a um servo (Joel, filho de Petuel): "Ouvi isto, vós, velhos, e escutai, todos os habitantes da terra: Aconteceu isto em vossos dias? Ou nos dias de vossos pais? Narrai isto a vossos filhos, e vossos filhos o façam a seus filhos, e os filhos destes à outra geração".
   Estou concluindo uma simples narrativa que abrange fatos ocorridos há muito tempo com pessoas da família da qual tenho a honra de ser um simples ramo de um simples galho de uma antiga árvore genealógica.
   Como citei no início, os nascimentos ocorridos na Inglaterra em 1855 e em 2016 estão ligados por um que ocorreu no Brasil em 1927 - o meu, num aniversário de vovó Magdá, esposa do vovô James Frederick Clark - estando os três inseridos no contexto dos já acumulados 161 anos da referida saga internacional.
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HOMENAGEM AOS BISNETOS DE MEUS AVÓS E NETOS DE
MEUS PAIS - QUE HONRAM NOSSOS ANTEPASSADOS
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Bisnetos dos casais
Deolindo Augusto Pereira Nunes - Elisa Rosa de Moura Nunes
e
James Frederick Clark-Ana (Magdá) Castelo Branco Clark
Netos do casal
Celso Augusto deMoura Nunes – Marie C. B. Clark Nunes

Filhos do casal
FREDERICO (FRED)e HELENA
           Sheyla e Fernando


Filhos do casal
MADALENA (ENA) e RAIMUNDO MENDES DE CARVALHO
Frederico, José, Celso Augusto Neto, Maria, Raimundo Filho, Ena, Flora, Tadeu,
Marco Antônio (falecido), Eliana e Catarina


Filhos do casal
MARIA SÔNIA e JOSÉ AMORIM RÊGO
Maria Edith e Ana Carlota

Filhos do casal
JAMES KELSO (JIMMY) e CARMINHA
Jimmy Junior, Mauro, Carmen,
 Mônica, Ivana e Kelso

FIM


POSFÁCIO
                                                                                             
DEDICATÓRIA
Com muita gratidão, dedico ao grandioso Deus - Pai, Filho e Espírito Santo - este simples artigo, que, apesar de tão insignificante, revela Seu poder, Seu amor e Sua misericórdia operando em minha vida. 

OFERECIMENTO
Ofereço à Carminha e a todos os nossos descendentes o modesto trabalho que me foi possível escrever e ilustrar para eles conhecerem alguns aspectos das épocas e das atividades que marcaram minha vida e as de alguns de meus ascendentes e familiares - que são deles também.

HOMENAGEM
A todos os meus antepassados presto minha afetuosa homenagem póstuma.

RECONHECIMENTO
Há quase trinta anos um amigo me aconselhou a escrever um livro sobre a saga da família Clark. Recusei o conselho mas a ideia ficou plantada. Finalmente ela germinou ao nascer um bisneto meu na terra em que nasceu meu avô James.
Em 2014 foi lançado meu livro “Compartilhando Riquezas de Vida”; há meses outro amigo me aconselhou a prosseguir escrevendo  -  através da Internet, num blog. Recusei o conselho  mas a ideia em pouco tempo veio a germinar.
Agora em 2016, em Maio, a 1ª postagem no blog equivale ao 1º capítulo de meu segundo e último livro; outros capítulos foram sendo postados, tornando-se disponíveis aos internautas interessados em ler o que escrevi e apreciar as fotos que escolhi para lhes oferecer.
O primeiro amigo citado é o jornalista Rangel Cavalcante, de saudosa memória. O segundo é o pastor José Wadson Valente, que me estimula através de sua inestimável assessoria na complexa área da informática.
A esses dois amigos deixo aqui registrado meu sincero reconhecimento.

SAGA E BLOG
Enquanto Deus me motivar e conceder “mente sã em corpo são”, irei acrescentando novos capítulos ao blog “Compartilhando Riquezas de Vida”.
O mais recente é SAGA INTERNACIONAL, cujas seis partes são apenas uma pequena amostra do que merece ser escrito a respeito dos descendentes do inglês que amava o Brasil e da brasileira que amava a Inglaterra, e se amavam.

LEITORES
A todos os que vierem a lê-lo, espero que percebam como o amor tem unido gerações em nossa família, e que alguns dos belos exemplos nele citados possam lhes ser benéficos, principalmente aos leitores das novas gerações.


Jimmy Clark Nunes                                               Fortaleza, Dezembro de 2016 - 89 anos


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SAGA INTERNACIONAL    -    6   PARTES    -    SUMÁRIO

1/6 - Saga internacional; Transplante; “Árvore do vovô”; Inglês que amava o Brasil e brasileira que amava a Inglaterra; Dedicação e fidelidade premiadas; Entreposto comercial na foz de um grande rio

2/6 - Nomes, épocas e circunstâncias; Guerra no mundo...; Frederico no Japão -  Embaixador do Brasil; Frederico outra vez na França, agora como Embaixador

3/6 - Submarinos x Aviões; Cooperação Brasil – USA; Paz e Esperança; Sonhos x Realidade 
 
4/6 - Aviação - Parnaíba entre Nova York e Buenos Aires; Aviação - Panair e Celso Nunes; Aviação - Na paz e na guerra; Aviação - Honra ao mérito e expansão

5/6 - Negócios e Famílias - mudanças e bênçãos; Árvore comercial plantada por meu pai  -  há 80 anos; James Kelso no Rotary International

6/6 - Elos de amor unindo gerações; Floresta de árvores genealógicas; Brasil e Inglaterra; Conclusão

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“O Senhor guarda a todos os que o amam; porém os ímpios serão  exterminados.”  Salmo 145.20



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