quinta-feira, 5 de maio de 2016

JFK – A MORTE DE UMA ESPERANÇA

Síntese de homenagem póstuma ao Presidente JOHN F. KENNEDY – assassinado em 22.11.1963.                                                                                 
(Trechos do discurso que pronunciei no Rotary Club de Fortaleza-Oeste em 25.11.63)                                  Escrito aos 36 anos, em Novembro 1963

    A morte de John Fitzgerald Kennedy fez a humanidade parar e projetou sobre o mundo uma torrente de reflexões e lembranças, tumultuada com ondas de revolta, prantos, incredulidade e legítimo respeito ao ilustre governante desaparecido.  Em marcha desordenada penetraram na consciência de milhões de pessoas em todos os quadrantes do globo, visões da inconfundível figura daquele cuja preciosa vida foi curta demais para a gigantesca tarefa que realizou, e que se dispunha a engrandecer cada vez mais.
   Desfilam em nossos pensamentos passagens diversas da intensa vida de Kennedy, tais como o pequeno John, ainda criança, ouvindo seu avô, então Prefeito de Boston em seu Estado natal de Massachussets; do jovem universitário de Harvard brilhando nos estudos e nos esportes; do bravo tenente da Marinha Americana na 2ª Guerra Mundial salvando vidas, ferido gravemente, recebendo altas condecorações militares; do correspondente estrangeiro na Conferência de Potsdam observando Truman, Stalin e Attlee, os 3 Grandes da América, da Rússia e da Inglaterra; do premiado escritor; do eminente senador que recebeu do seu  povo a responsabilidade de dirigir a mais poderosa nação da Terra.
   Entrechocando-se essas lembranças, tornam-se superadas pela verdadeira admiração que a todos os povos imprimiu a marcante personalidade do mais novo Presidente dos Estados Unidos. Ele empolgou o mundo pela coragem, diplomacia e magnitude de seus gestos - que impeliam o progresso da já monumental economia americana ao mesmo tempo em que tentava proporcionar aos menos favorecidos em metade do mundo, condições e meios dignos para romper os grilhões da miséria.
   Há apenas poucos dias, ele estava lutando pela aprovação de seus projetos de lei enviados ao Congresso, sobre redução de impostos e direitos civis. Mediante a aprovação da primeira, afirmara Kennedy, os Estados Unidos atingiriam no próximo ano a mais longa e mais forte expansão econômica em tempo de paz de sua história. E com a aprovação da segunda, estaria praticamente vitoriosa sua tenaz batalha contra a discriminação racial, visando garantir direitos e oportunidades iguais para os americanos de todos os credos e raças.
   Por ironia do destino, o homem que maior soma de poderes detinha nas mãos foi abatido a tiros por um covarde criminoso, justamente quando o eminente estadista recebia consagrador reconhecimento público durante sua visita ao Texas.
   A perda irreparável foi sofrida por toda a humanidade, e, de modo especial, pelas Américas. John Kennedy entrou para a galeria dos grandes heróis americanos, ao lado de Washington, Lincoln, Monroe e Roosevelt. Tombou no campo da luta contra os inimigos comuns do homem: a tirania, a pobreza, a enfermidade e a guerra.
   O ideal de Kennedy era criar um novo mundo no qual o forte seja justo, o fraco se sinta seguro e a paz seja preservada para sempre. Esse ideal se harmoniza perfeitamente com o ideal de Rotary. Tem razões especiais, portanto, o Rotary International em todos os países, para deplorar o desaparecimento do inexcedível Presidente do Estados Unidos.
   Compartilhando desse sentimento, o Rotary Club de Fortaleza-Oeste presta respeitosa homenagem póstuma ao saudoso estadista, cujo desaparecimento precoce equivale à morte de uma esperança. 

Obs.: Nas próximas postagens o autor planeja oferecer aos leitores deste blog outros capítulos que podem estimular muita gente a contribuir para fortalecer a causa da paz, em decorrência da informação ou da reflexão sobre fatos históricos. No amplo sentido da palavra, a PAZ (a nível individual e coletivo) sempre foi e é o bem mais raro, precioso e desejado pelos seres humanos de todas as raças.

Um comentário:

  1. Prezado Jimmy, com apenas 36 anos o Sr. já tinha esta maestria em retratar os sentimentos e relatar os fatos com fluidez e refinamento linguístico digno de louvor.

    Parabéns! Que Deus o continue abençoando e nos brinde com histórias carregadas de riquezas de vida.

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