sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

JIMMY CLARK NUNES


Há 5 meses o mundo ficou bem diferente para algumas pessoas.
 
Nosso pai, Jimmy Clark Nunes, iniciou o que podemos chamar de mais importante viagem da vida!
 
Ele que amava viajar, principalmente dentro de um avião, e desde criança já era apaixonado por essas máquinas voadoras que deslizam pelos céus... A ‘simples’ imagem desse céu visível aos nossos olhos já o encantava tanto, imaginem como está diante de “tudo que o Senhor tem reservado para aqueles que o amam “!
 
Quando os olhos de um ser humano são desvendados pela fé para contemplar as maravilhas da palavra de Deus, já vamos ficando deslumbrados com o que passamos a descobrir, revelado diante de quem quiser ver... andando pelas páginas da Bíblia e nos apropriando do “conhecimento do Santo”... Infinitamente maior do que toda alegria que podemos imaginar será quando finalmente estivermos diante do próprio Senhor Jesus, do Trono do nosso Deus triuno! E isso para todo o sempre, usufruindo de tudo o que é assegurado aos que a Ele se entregam, nessa vida.
 
Pode existir melhor viagem?!
 
Queremos agradecer a todos que se fizeram presentes por ocasião da partida do papai, através de suas calorosas e confortadoras mensagens.
 
Momentos de dor, e de uma saudade infinita para todos que o conheceram bem, porém, paradoxalmente, também cheios dos mais belos e alegres sentimentos, que ele se esmerou em plantar, cultivar e fazer crescer em cada um de nós...
 
Profunda gratidão ao nosso Deus que abençoou tantas vidas através da vida do nosso amado pai, Jimmy. Gratidão a ele. Gratidão a cada um de vocês que nos abraçaram com suas palavras, e em amor se fizeram tão presentes.


 
Meu PAI – James Kelso Clark Nunes
 
Algumas vezes ouvi de meu pai a história, sobre quando ele nasceu e seu avô, já doente, perguntou:
“o que esse menino veio fazer no mundo?”
 
92 anos se passaram. Hoje podemos responder dizendo tantas coisas, ou até mesmo escrevendo um livro, que por mais bem escrito não conseguiria conter tudo, mas, em essência, podemos resumir em uma única palavra: - AMAR!
 
Ele amou demais, e por onde andou procurou dar o melhor de si.
Por isso, também, serviu de exemplo para tantos.
Com sua própria vida ia ensinando virtudes.
Com suas histórias, inumeráveis, ricas de conteúdo, que ia encaixando em seus conselhos, sempre estava pronto para beneficiar alguém.
E como beneficiou a tanta gente.
Acolheu, edificou, alegrou inúmeros corações!
 
E como não podia deixar de ser, recebeu de volta imensurável amor!
 
Deixou o mundo melhor com a sua vida, o seu legado. 

domingo, 5 de julho de 2020

Aviso


quinta-feira, 28 de maio de 2020

“VIDA – UM HINO DE AMOR”



Sempre voando, no dia 5 o TEMPO  marcou o 4º aniversário deste blog. No 1º artigo (de 5.5.16) citei que esperava estimular muitos em prol da causa da PAZ  (o bem mais precioso e desejado pela humanidade) e hoje sinto que o COVID-19 ainda está perturbando a paz a nível mundial.


“VIDA – UM HINO DE AMOR”


Oferecido aos leitores do blog RIQUEZAS DE VIDA - em
regozijo pelo transcurso de seu 4º aniversário - 5.5.2020 


            Sempre voando, o tempo está marcando o 4º aniversário de algo que surgiu na Internet no dia 5.5.2016 - o blog RIQUEZAS DE VIDA. Ele foi inaugurado apenas com a publicação de trechos do discurso que fiz no Rotary em 25.11.1963 (aos 36 anos) em homenagem póstuma ao Presidente Kennedy, assassinado 3 dias antes. Terminei assim: “Compartilhando desse sentimento, o Rotary Club de Fortaleza-Oeste presta respeitosa homenagem póstuma ao saudoso estadista, cujo desaparecimento precoce equivale à morte de uma esperança.”

Adicionei a seguinte observação:

“Nas próximas postagens o autor planeja oferecer aos leitores deste blog outros capítulos que podem estimular muita gente a contribuir para fortalecer a causa da paz, em decorrência da informação ou da reflexão sobre fatos históricos. No amplo sentido da palavra, a PAZ (a nível individual ou coletivo) sempre foi e é o bom mais raro, precioso e desejado pelos seres humanos de todas as raças.”

O 1º cabeçalho do novo blog foi o reproduzido abaixo. Posteriormente eliminei do título a palavra COMPARTILHANDO.


Atualmente o cabeçalho - como apresentado na Internet -  é o seguinte:

Desde o início este modesto blog é, e sempre será, dedicado ao grandioso Deus - Pai, Filho e Espírito Santo. Enquanto Ele quiser e me capacitar, espero continuar escrevendo sobre os mesmos temas a respeito dos quais tenho escrito. São os seguintes (em ordem alfabética):

AVIAÇÃO      -   FAMÍLIA    -     ROTARY    -    TERRA E CÉU    -     VARIEDADES
_______________________________________________________________________________

Em regozijo pelo transcurso deste 4º aniversário, ofereço aos leitores uma REFLEXÃO que nada tem a ver com o blog mas tem tudo a ver com o autor, pois liga minha infância à minha velhice associando-as ao mesmo elemento - o voo. Dei-lhe um título que não abrange só os dois períodos, mas o total de meus 92 anos:

“VIDA – UM HINO DE AMOR”

            Meu 1º voo ocorreu em 1936, aos 8 anos, quando tive a alegria de voar num hidroavião alemão - JUNKERS G-24 -  da CONDOR. Graciosamente ele se elevou ao ares após deslizar sobre as águas do rio Parnaíba, em Teresina, sobre dois flutuadores. Eles pareciam estar pendurados no casco, até o final da viagem, em Floriano. Ali a função mudou, tendo eles novamente ficado parecidos a grandes canoas carregando um avião.

Seu nome - YPIRANGA - estava pintado na fuselagem de alumínio corrugado (foto). Anos depois obtive fotos e detalhes do mesmo:  fabricado na Alemanha em 1926, capaz de voar a 140 km/h. com 3 tripulantes e 9 passageiros, equipado  com 3 motores de 300 hp (cavalos de força) cada, que ainda eram refrigerados a água com radiadores. Na década de 1930 na Europa eles eram modernos aviões (com  rodas) e faziam viagens de Berlim a Moscou em 15 horas.   

Naquela época tive oportunidade de ouvir - várias vezes - meu pai recitando o poema em que Casimiro de Abreu desenhou a infância nos versos de seu lindo “Meus 8 anos”. Dele faço referência apenas às seguintes frases:

 “Oh! Que saudades que eu tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida, que os anos não trazem mais.” “Como são belos os dias do despontar da existência! Respira a alma inocência como perfumes a flor.”   “O mar é lago sereno; o céu – um manto azulado; o mundo – um sonho dourado; a vida – um hino de amor!”                                                         

Como já disse, quando foi realizado aquele sonho (1936) eu tinha 8 anos. Por isso, para a criança que eu era, o rio em cujas águas o avião deslizou era como se fosse um lago sereno; os ares para onde subimos era  o manto azulado no qual eu desfrutava (de olhos bem abertos) um sonho dourado; em que o ronco sincronizado de 3 hélices e 3  motores era um hino de amor nas alturas - com as amorosas presenças de Mamãe e minhas irmãs Ena, Sônia e Célia.

Foi feliz o poeta ao declarar que eram belos os dias da infância (quando o céu era um “manto azulado”) e a vida era um “hino de amor”, pois eram mesmo...!

Para ilustrar esta reflexão selecionei as fotos abaixo, que registram alguns momentos do período de 84 anos que voaram desde meus 8 anos.
         Foto de Dezemro 1935 - eu (em pé, no centro, com 8 anos e 1 mês), meus 2 irmãos e 3 irmãs.
  6.1.1956  - Bodas de Prata de meus pais.                             29.10.1949 – Nossos pais em nosso casamento.  
Marco “0” de uma “vida-a-dois” que, abençoada por Deus, em 29.10.2019 completou 70 anos. 

Fotos de quando eu e Carminha tínhamos 1, 2, 3, 4 (em Parnaíba), 5 e 6 filhos (em Fortaleza).
Eu e Carminha embarcando em Wichita (Kansas - USA) em 1965 para Fortaleza num avião vendido por intermédio de minha firma. Sempre contei com o apoio dela e de nossos filhos para minha atividade no comércio de aeronaves - ao longo de 56 anos.

Em 4.7.2011 tive a satisfação de - entre outros - ser homenageado pela CIOPAER com uma “Medalha Marechal do Ar Casimiro Montenegro” concedida pelo seu coordenador, Cel. PM Antônio Nirvando Monteiro Vieira – “em reconhecimento à indispensável colaboração para o fortalecimento da Aviação de Segurança Pública do Estado do Ceará.”
Meus filhos Mauro, Carmen e Mônica compareceram à solenidade.

Nos dias 13 e 14.8.2014 eu e Mônica viajamos ida/volta a S. Paulo, na TAM. Na ida, voando, dei meu livro ao Cte. FITTI (foto) - com o seguinte autógrafo:
A um comandante moderno, de A321, ofereço este livro que, além de outros temas, conta histórias de antigos aviões que fizeram História. At.,
Jimmy Clark Nunes”

Meus filhos Mauro e Ivana me proporcionando, em 2016, a alegria de uma viagem a Juazeiro do Norte (CE)  para uma solenidade no conceituado Seminário Batista do Cariri – de cujo  Conselho Administrativo ele foi membro durante muitos anos e Presidente durante alguns.

Fotos de 3.8.2018 tiradas pela Ivana: eu (aos 90 anos) voando com ela e o Roriz.


   Foto de Outubro 2019: o casal Jimmy-Carminha com os filhos residentes em Fortaleza - na comemoração
                    (pela Igreja Batista Luz do Mundo) de seu 70º aniversáio de casamento.

Agora aos 92 anos, alegro-me ao afirmar que são belos os dias de minha velhice, desde minha infância o céu é um manto azulado e - com a maravilhosa graça da fé em Jesus Cristo (concedida por Deus), o amor  da Carminha, o afeto de nossos filhos, genros, netos e bisnetos, a amizade de tanta gente que nos valoriza e a quem nós também valorizamos, a vida é um hino de amor.                                                            
                                                            
Apesar de já ser tão longa a minha existência, nunca vi algo semelhante ao coronavirus – que está infelicitando a raça humana. Até hoje  (26.5.2020) o mundo já registrou a ocorrência de mais de 250.000 mortes (inclusive mais de 20.000 no Brasil) de pessoas vitimadas pelo virus que chamei de Sua Majestade o Covid 19(no artigo que publiquei neste blog em 31.3.2020).

Como esse número aumenta a cada hora, e todo dia vai piorando a situação econômica e social de numerosos países - sem que os governos das maiores potências tenham conseguido impedir - tornou-se óbvio que a nenhum deles o novo virus obedece. Ele é o “inimigo invisível” (e, por isso, o mais perigoso) referido pelo Presidente americano - Trump - e outras eminentes autoridades.

Sendo perturbador o momento que ora atravessamos, escolhi para oferecer a quem não tem o hábito de ler a Bíblia os seguintes versículos (Romanos 5.1-5): “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de que obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus. E não somente isto, mas tambem nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado.”

Finalizando, ofereço-lhes a seguir uma lista dos artigos que escrevi e foram postados ao longo de 4 anos neste blog. A leitura está à sua disposição.
             
ARTIGOS PUBLICADOS NO BLOG RIQUEZAS DE VIDA, de 5.5.2016 a 30.4.2020
Ordem cronológica
Escritos e ilustrados por                                                                              Postados na Internet por  
Jimmy Clark Nunes                                                                                         Wadson Valente
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JFK – A morte de uma esperança                                                        Dos grauçás aos bisnetos
Desbravadores do Espaço                                                                        Histórias de rotarianos
Eco da voz de um grande poeta                                      Crises passam, valores eternos ficam
Diferentes tipos de riqueza                                                       Estações do ano e fases da vida
Admirando maravilhas criadas por Deus              O vento, o voo, o homem... e Deus - 1ª a 3ª
Lições da experiência – para presidentes                                    Rotary e o clamor das secas
Alegrando corações de crianças - 1ª a 3ª                Dia dos pais - Passado, Presente, Futuro
Meu pai                                                                             Meus 65 anos no Rotary - 1ª à 5ª parte
Vida terrena e vida eterna                                                                            Pomar das gerações
Saga internacional – 1ª à 6ª parte                                                                  Conselhos a casais
Todo mundo envelhece, todo dia                                              Breve reflexão sobre a Páscoa
Fonte inesgotável                                                                                          1º aniversário - Blog
Marie – minha mãe                                                                      Marcos e marcas de naufrágios
Algo mais... que os olhos não veem                                             Rica lição, milenar mas atual
Infância e velhice                                                                                                       Natal e Jesus
Maravilhas da criação                                                                     Eco de uma tragédia no mar
Mortes evitáveis                                                                  Envelheceu feliz - servindo – 1ª a 3ª
De bisneta a bisavó                                                                          Em torno do Ideal de Servir
Hino de amor filial                                                                                     Liberdade e segurança
As secas e a esperança                                                                    Criados à imagem de Deus
Saudade alegre                                                                                                   Susto abençoado
Aeronaves e corações                                                                  Batalha naval perto do Brasil
Natal de Jesus Cristo                                                                Mensagem de Ano Novo - 2020
Sua majestade o CovId-19                                                                      Tempestade e bonança
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90 ANOS - 1 VIDA... (Livro em blog)  Introdução - Família 1 a 3 - Estudo e lazer 1 a 3     
        - Trabalho 1 a 6 - Aviação  1, (a completar).        Em andamento:
        -   Rotary  -   Brasil   -  Mundo  -  Terra e Céu  -  Conclusão  ___________________________________________________________________________________________________
Incluídos em postagens com outros títulos (nas datas indicadas abaixo):
Homenagem de saudade - Ena   (27.3.19)                    3º aniversário do blog  ( 5 5.19)           
Preito de gratidão - Minha mãe  (19.5.19)     Belo testemunho - Pr. Wadson  (28.8.19)   
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quarta-feira, 29 de abril de 2020

TEMPESTADE E BONANÇA

TEMPESTADE E BONANÇA


O Coronavírus  já ceifou 211.000 vidas no mundo sendo 4.500 no Brasil - até 9 hs. de 28.4.2020 - e não se sabe o que a humanidade ainda pode sofrer. O  número de infectados é de 3.000.000 no mundo (66.000 no Brasil). Como o vento, ninguém o vê mas todos sentem seus efeitos; e só obedece a Deus.

TEMPESTADE E BONANÇA


O mundo inteiro ainda está sofrendo a “tempestade” que é a guerra contra o Novo Coronavirus - Covid-19. Esse inimigo já matou mais de 210.000 pessoas (até 28.4.2020), segundo noticiários da televisão. Além das lamentáveis e irreparáveis mortes, ele também perturba a atividade social e a economia em todos os continentes

Ele é invisível mas perceptível - como o vento!.  Ninguém o vê mas todos sentem seus efeitos, desde a suave carícia do cicio, da aragem ou da brisa (soprando do mar para a terra e das montanhas para os vales, e invertendo a direção conforme as horas do dia) até a violenta força de um furacão ou de um devastador tufão.

Enquanto a guerra prossegue, parece-me conveniente lembrar que a história da humanidade tem comprovado o acerto (salvo raras exceções) do provérbio  Depois da tempestade vem a bonança”.

Desde as brumas da antiguidade o mundo tem atravessado épocas boas e más; muitas tem deixado símbolos que as recordam e caracterizam. Alguns se tornaram conhecidos e famosos, como o desenho de Pedro I às margens do Ypiranga proclamando o histórico “Independência ou Morte”. Outro símbolo admirável é a foto de Santos Dumont voando no 1º avião que decolou com sua própria força - seu “14-bis”.

Agora, em plena “Guerra do Coronavírus”, escolhi para simbolizar a terrível época as fotos (abaixo) de Andrea Bocelli cantando numa catedral majestosa mas vazia. Foi em Milão - uma metrópole das mais afetadas pela pandemia.

No interior vazio da mesma (só ele e o organista) o grande tenor cego cantou hinos sacros e, no pátio em frente à fachada (monumental obra de arte), cantou o hino evangélico “Amazing Grace” (“Preciosa Graça”) cuja letra - em português - transcrevo:

”Preciosa a graça de Jesus, Que um dia me salvou. Perdido andei, sem ver a luz, mas Cristo me encontrou. A graça, então, meu coração  Do medo libertou. Oh, quão preciosa salvação A graça me ofertou. Promessas deu-me o Salvador E nele eu posso crer. É meu refúgio e protetor  Em todo o meu viver. Perigos mil atravessei E a graça me valeu. Eu são e salvo agora irei  Ao santo lar do céu”.

            Foi a convite do Prefeito de Milão que Andrea Bocelli (um dos mais aclamados tenores do mundo) aceitou, gratuitamente, a oportunidade de cantar para ninguém (ao vivo), mas para o mundo (pela televisão), num programa especial do Youtube no Domingo de Páscoa (12.4.20). São dele (traduzidas) as seguintes palavras:

“Acredito na força de orar juntos; acredito na Páscoa cristã, um símbolo universal do renascimento que todos - sejam eles crentes ou não - realmente precisamos agora. Graças à música, transmitida ao vivo, reunindo milhões de mãos entrelaçadas em todo o mundo, abraçamos o coração pulsante da Terra ferida, esta maravilhosa forja internacional que é motivo de orgulho italiano. A generosa, corajosa e pro-ativa Milão e toda a Itália serão novamente e muito em breve um modelo vencedor, motor do renascimento que todos esperamos. Será uma alegria testemunhá-lo no Duomo, durante a celebração da Páscoa, que evoca o mistério do nascimento e do renascimento.”

           
Ao longo da programação, destaques foram dados a recentes filmagens de áreas bem conhecidas de Paris, Londres e Nova York – sem gente...!  Fiquei emocionado ao visualizar os três cenários estranhamente vazios, pois eu e Carminha tivemos a alegria de visitá-los quando - em tempos de paz - eles eram símbolos de alegria, esperança e convívio de pessoas das mais diversas nacionalidades.
  
Abro um parêntese: Segundo dados do Youtube, o vídeo dessa apresentação já foi visto - em apenas uma semana - por mais de um milhão de pessoas!   Fecho o parêntese.

Refletindo posteriormente sobre tudo isso, recordei-me de épocas que foram dolorosas, medonhas e preocupantes - enquanto duraram.  Ofereço-lhes os seguintes resumos, desejando aos que me honram com a leitura do que escrevo, uma meditação seguida de uma esperança de dias melhores - conforme a soberana vontade de Deus e de Jesus Cristo, o único Mediador biblicamente credenciado entre Ele e os homens.

1ª                    -                      BATALHA DA INGLATERRA      __        -                  1940
(Tempo de meus 12/13 anos)

Em 1940 Hitler - vitorioso em vários países inclusive na França - decidiu invadir a Inglaterra. Antes, porém, era preciso destruir a RAF - Royal Air Force. De Julho a Outubro os ingleses foram forçados a enfrentar a “maior batalha aérea da História” - a histórica e sofrida Batalha da Inglaterra.

Os alemães empregaram cerca de 2.800 aviões, tendo os ingleses abatido mais de 1.300 (e perdido cerca de 1.000). Vendo que a luta não surtiu o efeito esperado, o cruel inimigo “adiou” a invasão, deixando cerca de 14.000 mortos e 20.000 feridos. Se os nazistas houvessem vencido, o mundo iria sofrer ainda mais, muito mais...!
Elogiando o patriotismo e a tenacidade dos aviadores ingleses,  Winston Churchill declarou que Nunca... tantos deveram tanto a tão poucos”. Essa declaração veio a ser o símbolo daquela época.

                     -                             ATAQUE DO JAPÃO                  -                      1941
   (Tempo de meus 14 anos)  

Com um fulminante ataque em Pearl Harbor, aviões japoneses afundaram uma parte importante da frota da Marinha Americana que, ancorada, estava no Havaí. Os dois países não estavam em guerra...! Aliás, um enviado especial de alto nível - Embaixador Saburu Kurusu - discutia, em Washington, planos de convivência pacífica...

Nos primeiros raios de Sol do Domingo 7.12.1941, nuvens de aviões (cerca de 350 – procedentes de seis porta-aviões) bombardearam/torpedearam tudo, principalmente oito encouraçados. Deixaram mais de 2.400 mortos e uma multidão de feridos! A consequência foi a entrada dos americanos na guerra - cujo capítulo final, em 1945, abrange a vitória antecipada pelas bombas atômicas e a “rendição incondicional” do Japão aos Estados Unidos. A foto abaixo é, para mim, um símbolo daquela época.

Abro um parêntese: Em 1969 veio presidir a Toyota do Brasil um ex-Tenente da Marinha que em 1941 foi o 1º japonês aprisionado pelos americanos: Kazuo Sakamaki. Depois da guerra ele foi repatriado e se empregou na Toyota, onde fez carreira. Tornou-se pacifista. Em 1949 ele escreveu o livro “I attacked Pearl Harbor” – publicado nos Estados Unidos. Aqui ele foi traduzido - sob o título Eu ataquei Pearl Harbor.
Curiosidade: ali, enquanto nos ares agiam centenas de aviões, nas águas agiam cinco mini-submarinos com dois tripulantes suicidas. Eles navegaram atracados a submarinos especiais que os largaram perto da baía onde deviam torpedear os navios ancorados.
Dos 10 tripulantes, 9 morreram. Apenas Sakamaki escapou, desacordado numa praia. Preso, tentou se matar, mas em vão. Nascido em 1918, ele morou no Brasil de 1969 a 1983, quando voltou ao Japão, onde - aos 81 - faleceu em 1999.  Fecho o parêntese.

               -     MULTIPLICAÇÃO INDUSTRIAL NA AMÉRICA    -         1942/1945
(Tempo de meus 14 e 17 anos) 

Nos anos da guerra a capacidade de grandes e pequenos industriais americanos de promoverem uma fabulosa multiplicação da força produtiva dos tempos de paz tornou-se fator determinante da vitória dos “ALIADOS” contra as forças do “EIXO”.
Essa capacidade - que aparentemente era ignorada - foi correta e sabiamente avaliada por Franklin Roosevelt - o homem que, posteriormente, veio a ser reconhecido como “o maior presidente americano do Século XX”.

Segundo o excelente livro Tempos muito estranhos – Franklin e Eleanor Roosevelt: o front da Casa Branca na Segunda Guerra Mundial (de Doris Kearns Goodwin), “o Presidente e seus teóricos detinham uma poderosa confiança no potencial latente do país para, incentivado pelas encomendas do governo, produzir em níveis que jamais alguém julgou possível.” Devo a leitura ao Mauro, que o leu e emprestou ao pai, recomendando.

O livro faz referência também à mensagem sobre o Estado da União, que Roosevelt apresentou ao Congresso em 6.1.1942. Ele listou suas metas de produção para aquele ano: 60.000 aviões, 45.000 tanques, 20.000 canhões antiaéreos, e 6 milhões de toneladas em navios mercantes. Ele estava convencido de que já no ano seguinte (1943) a indústria americana estaria produzindo 1 avião a cada 4 minutos, 1 tanque a cada 7 minutos, 2 navios por dia, etc., e que o anúncio desses objetivos ”tanto uniria o povo americano como serviria de alerta para as potências do Eixo de que o vasto poderio industrial da América estaria em breve a serviço da produção de material bélico para todos os seus aliados, em todos os teatros de operações.

Disse mais o Presidente: “Daqui por diante os trabalhadores têm que estar preparados para produzirem mais e melhor, de modo que possamos ter armas 24 horas por dia, 7 dias por semana; todas as ferramentas disponíveis, seja da indústria automobilística ou da pequena fábrica do vilarejo, deverão estar devotadas à produção de material bélico. Os militaristas de Berlim e Tóquio começaram a guerra, mas, encolerizadas e unidas, as forças da humanidade, como um todo, darão um fim a ela.”

Considero símbolos daquela época os tanques de guerra que substituíram automóveis CADILLAC (Divisão de carros de luxo da GM) e CHRYSLER, os motores daquela marca equipando aviões (fotos de anúncios ao lado), e também os 11.000 bombardeiros B-24 produzidos pela  FORD (nome que é sinônimo de automóvel). Os B-24 “Liberator” são da  CONSOLIDATED, respeitada indústria aeronáutica que triplicou sua fábrica na California e construiu uma gigantesca, no Texas. Eles foram “feitos em quantidades (18.482 no total) maiores do que qualquer outra aeronave americana  e iriam operar em mais fronts e por período mais longo do que qualquer bombardeiro inimigo”.

Como as “Fortalezas Voadoras” B-17 (da BOEING), os B-24 foram os bombardeiros que garantiram o esmagador poder aéreo dos “Aliados” para derrotarem a quase invencível Alemanha de Hitler. Na foto ao lado vemos: na frente - B-24; atrás - B-17. Destes, o primeiro decolou em 1940; até 1945 foram feitos outros 12.000.

Em 1939, menos de 3.000 aviões (em geral) eram produzidos nos Estados Unidos; no final da guerra, 296.000 aviões (aproximadamente) haviam sido fabricados.

Voltando aos tanques de guerra: 15 fábricas além das acima citadas (CADILLAC e CHRYSLER) foram contratadas para os produzirem. Juntas, elas entregavam a quase inacreditável quantidade de cerca de 4.000 tanques por mês. Segundo o já referido livro, “Pode-se melhor entender a magnitude desse feito se a compararmos com a produção da Alemanha, a maior fabricante do mundo até então, de 4.000 tanques por ano.”

Segundo Doris K. Goodwin, “a indústria que já montara 4.000.000 de carros por dia, agora produzia três quartos dos motores de avião do país, metade dos tanques e um terço de todas as metralhadoras.”


Idealizado pelo Exército Americano, surgiu no mundo o admirável Jeep. Durante a 2ª Guerra Mundial foram fabricados na América 643.000, sendo 363.000 pela WILLYS e 280.000 pela FORD. Tão versátil e útil que era, ele perdura até hoje, acompanhando a evolução da indústria automobilística, inclusive com moderna fábrica no Brasil.

A maioria deles e quase toda a produção de equipamentos para as forças armadas na Europa e no Pacifico, com exceção dos aviões, tinha de ser transportada em navios.  O problema é que não havia navios suficientes e muitos dos existentes eram afundados pelos submarinos alemães. Por isso, Roosevelt reuniu os melhores cérebros disponíveis para o ajudarem a coordenar a fenomenal multiplicação da indústria de paz.  Dizia que “se os rumos da guerra dependiam dos navios americanos”, seria necessário “construir navios e mais navios, o dobro do que os nazistas pudessem afundar.” Para tanto, apelou para um industrial de 60 anos que, embora pouco familiarizado com  indústria naval, tinha se destacado como construtor de importantes represas e pontes – Henry Kaiser. Sob a liderança deste, “o tempo médio de construção de um navio caiu de 355 dias, em 1940, para 194, em 1941, e para 60, no início de 1942” – o que equivale a fabricar um navio em 2 meses ao invés de em 1 ano. A foto  é de um navio mercante dos numerosos construídos em novos estaleiros americanos..

Em 1946 (um  ano depois da guerra) fui estudar nos Estados Unidos. Morei em Michigan, onde é das maiores a concentração de grandes fábricas. Visitei várias, acompanhado por instrutores e junto com colegas do Instituto de Tecnologia da General Motors. Em Flint (onde morei), passamos um dia na imensa fábrica BUICK (da GM). Tão grande ela é que possui Estrada de Ferro (de uso interno), Polícia e Corpo de Bombeiros próprios...!  Nela vimos a fabulosa produção: 800 a 900 automóveis por dia!  Apesar disso, naquela cidade ainda era de um ano a fila para se comprar um dos lindos carros novos daquela marca.

Em Detroit (onde fiz um estágio), um executivo da DETROIT DIESEL (Divisão da GM) - contemplando a linha de montagem - me disse que, em grande parte, a vitória dos Aliados resultou da “avalanche” com que a indústria americana sufocou o inimigo.

Até aqui falei em Passado; agora (2020) falo no Presente, para fazer a seguinte reflexão:

Quando atravessamos uma guerra contra um inimigo invisível mas mortífero e de abrangência mundial - Covid-19 - convém que coloquemos de lado o extraordinário efeito positivo causado na economia americana pela multiplicação industrial durante a guerra, - principalmente o benefício dos altíssimos índices de emprego (inclusive de mulheres) - a fim de raciocinarmos que na mesma época o país sofreu intensamente com a falta de muitos produtos que deixaram de ser feitos, e, incomparavelmente mais, com a dor dos que perderam entes queridos cujas vidas foram tragadas pela guerra. O bárbaro conflito causou mais de 410.000 mortes de americanos.

Nos Estados Unidos - de modo geral - excluindo os que morreram e respectivos familiares (que continuaram sofrendo suas faltas), depois da tempestade VEIO a bonança.

                       -                       GUERRA DA CORÉIA                    -             1950-1953
(Tempo de meus 22/25 anos)

Em 1951, possível confronto com a China e risco do emprego de armas atômicas pelos americanos foi evitado pelo Presidente Harry Truman - ao destituir o bravo, heróico e famoso General Douglas MacArthur da função de Comandante-chefe das tropas das Nações Unidas na Coreia - cuja proposta (de continuação da guerra e ataque a território chinês) foi rejeitada. Sob seu comando, tropas de 16 países integrantes da ONU já haviam tomado Seul e avançado até a fronteira chinesa! A ampliação da guerra poderia motivar a União Soviética a entrar nela aliando-se à China - ambas comunistas.

O momento mais grave sofrido pelos sul-coreanos foi o da invasão de aproximadamente  meio milhão de soldados norte-coreanos e chineses - cujas armas incluíam muitas de origem soviética.

Tal invasão foi detida pelos bombardeiros americanos (foto) que - ininterruptamente e em quantidade inimaginável - passaram a voar destruindo cidades e - muito pior - causando a morte de suas populações! Para mim eles são expressivos símbolos daquela época.

Pensando hoje sobre o assunto, acho que é incalculável a multidão de soldados (de várias nacionalidades) que talvez tivessem morrido se esses aviões não existissem, pois tais homens teriam sido chamados para, pessoalmente, enfrentar os invasores.

Em 1952 foi eleito o presidente Dwight Eisenhower. Ele ameaçou utilizar armas nucleares se a guerra não terminasse. O mundo ficou assombrado, mas em meado de 1953 as duas Coreias (do Norte, apoiada pela União Soviética, e do Sul, apoiada pelos Estados Unidos) fizeram um armistício. Foi suspensa a inglória luta, depois de haver causado cerca de 4.000.000 de mortes...!

Espero que tal carnificina se torne a última - dessa natureza - a ser travada entre comunistas (atacando) e capitalistas (defendendo-se). Naquela época eu era jovem mas participei da preocupação dos idosos, que viram nessa guerra uma pequena “amostra” da indesejável e temida 3ª Guerra Mundial.

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Finalizando, transcrevo algo do que escrevi e postei na Internet em 31.3.20 (neste blog) sob o título “Sua Majestade o Covid-19”:

“aconselho aos leitores que me honram com a leitura do que posso escrever, o seguinte: quem estiver amedrontado com a pandemia que está assolando o mundo, e ainda não for salvo para a vida eterna, peça a Deus que lhe conceda a graça da fé em Jesus Cristo. Paralelamente, procure ouvir dos mais velhos alguns relatos de crises que foram terríveis enquanto duraram mas finalmente passaram, ficando os valores eternos, que sempre estarão disponíveis a quem busca a Deus em atitude de humildade e confiança.”
       
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